Organizadora de atos pró-Moscovo, a ucraniana Elena Kolbasnikova defendeu publicamente a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em julgamento, juiz destacou que a liberdade de expressão termina onde começa o crime.
Num tribunal de Colónia, na Alemanha, a ucraniana Elena Kolbasnikova aguardava uma sentença que poderia chegar a três anos de prisão ou a uma multa pesada, consequência das suas declarações em apoio à invasão da Ucrânia por parte da Rússia, proferidas durante uma manifestação pró-Moscovo que a mesma organizou.
O tribunal alemão, no entanto, teve em consideração o facto de a mãe de dois filhos estar desempregada e condenou-a a pagar uma multa de apenas 900 euros pelo crime de aprovação de atos criminosos.
Durante o julgamento, Kolbasnikova alegou ser vítima de perseguição política e que os seus dados pessoais e endereço foram partilhados na Internet.
Sobre as declarações polémicas, a ucraniana alegou tratarem-se de “opinião própria” e invocou o direito à liberdade de expressão que vigora na Alemanha.
“A vida continua e eu direi a verdade. E nesse sentindo, eu considero-me inocente”, afirmou em frente ao tribunal, após o julgamento, a ucraniana, que também disse estar pronta para ser punida, se isso significasse “a libertação da Ucrânia dos nazis”, adotando a narrativa do Kremlin sobre o governo ucraniano.
O juiz argumentou que a liberdade de expressão pessoal termina onde começa a aprovação de atos criminosos e que a invasão da Ucrânia pela Rússia, algo que Kolbasnikova defendeu publicamente, foi uma agressão militar e constituiu um crime sob a lei alemã.
O advogado de Kolbasnikova e político de extrema direita, Markus Beisicht, disse que vai recorrer da decisão, e, se necessário, apelar ao Tribunal Constitucional da Alemanha.
A “fã de Putin”
Apelidada pela imprensa alemã de “fã de Putin”, Kolbasnikova é uma das difusoras dos ideais russos na Alemanha.
Uma reportagem da Reuters revelou que Kolbasnikova e o seu marido, Max Schlund, fazem parte de um grupo de indivíduos na Alemanha que promovem uma postura pró-Moscovo, mantendo laços secretos com o Kremlin, entidades russas sancionadas e com extremistas de direita.
A reportagem também mostrou que o casal estava envolvido ativamente na campanha militar do Kremlin na Ucrânia.
Cidadã ucraniana, Kolbasnikova espera receber um passaporte russo em breve.
ZAP // DW
O nazismo não acabou? Quantas democracias existem?
Tadinho
O liberalismo é igual a ausência de liberdade expressão/opinião, e tirania.
Nota-se…até porque acabaste de aqui expressar a tua opinião…
É “Fan” de Putin , tem todo o direito de o ser , na Rússia !………..Portanto no contexto atual , EXIT da Alemanha , num voo com ida única !
O liberalismo e mesmo isso que o senhor escreveu . A democracia não existe e só conversa para manipular as massas obrigado