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O cabelo cai mais no Outono. Porquê?

No geral, não é sinónimo de grande alerta. Mas não se deve ignorar este sintoma, especialmente em alguns contextos.

Queda de cabelo. Acontece a milhões de pessoas todos os dias. E muitas relativizam porque sabem que não é um problema grave, normalmente.

Mas não se deve ignorar este sintoma, especialmente em alguns contextos.

Há alguns motivos mais frequentemente associados à queda de cabelo.

Um deles é o excesso de stress na pessoa – que pode ser físico ou mental. E que pode ser momentâneo, por exemplo: a reacção à notícia de uma doença grave ou a um acidente na estrada.

As alterações hormonais também estão na lista de motivos. Com diversas possíveis associações: ao longo da gravidez, na adolescência, mudar o anti-contraceptivo…

A utilização de antidepressivos, ou de anticoagulantes, ou de remédios para pressão alta, é outro dos possíveis motivos.

Outra utilização, mas de produtos químicos no próprio cabelo, também pode ser um perigo, sobretudo se não for uma utilização aconselhada, acompanhada.

As vitaminas estão igualmente associadas. Em contextos opostos: ou porque a pessoa tem vitaminas (e nutrientes) a menos, ou porque tem vitaminas A e B a mais – embora isto seja raro.

A tiróide também surge na lista porque o hipotiroidismo (diminuição da produção de hormonas tiroideias) é outro possível factor.

Depois entramos em casos que podem ser mais graves: anemia. Os cabelos recebem menos sangue, menos nutrientes, menos oxigénio, ficam mais fracos. Normalmente devido a falta de ferro.

E um motivo mais recente nas nossas vidas: COVID-19. Sim, a famosa doença pode originar perda de cabelo, sobretudo na zona frontal da cabeça. E pode prolongar-se por quase um ano.

Outono e sugestões

É mais frequente vermos o cabelo a cair no Outono. Mas porquê?

O crescimento e a queda do cabelo, que resultam da oscilação entre as várias fases do ciclo de cada folículo, são influenciados pela exposição à luz solar, começa por lembrar a CUF.

A hipófise (glândula que controla o funcionamento das restantes glândulas endócrinas) detecta o aumento de exposição solar – mais forte no Verão, claro – e desencadeia a variação da produção de hormonas, como a melatonina e a prolactina.

Assim, mais folículos pilosos entram em fase de queda, que culmina com a perda de grande número de hastes pilares (cabelos) cerca de três meses depois – ou seja, no Outono.

Muitas mulheres saberão isso. Mas isso não quer dizer que aconteça mais em mulheres do que em homens: os cabelos das mulheres é que, regra geral, são mais compridos. Por isso, é mais visível.

No global, convém estar atento a queda de cabelo repentina, peladas, comichão e ardor. E deve consultar um dermatologista se a queda de cabelo for maior do que era habitual.

Os tratamentos são vários: medicação oral, aplicação tópica de fármacos, corticosteroides ou tratamentos com laser. Também pode envolver procedimentos cirúrgicos, como transplante capilar. Depende sempre da pessoa e deve passar sempre por aconselhamento profissional.

Mas não se assuste se reparar que ficou sem meia dúzia de cabelos: é normal caírem 100 cabelos por dia.

A CUF deixa várias sugestões, para prevenir este sintoma: estilo de vida saudável, dieta equilibrada, suplementos nutricionais.

Depois, sugestões mais “técnicas”: não utilizar o secador numa temperatura muito alta e colocá-lo, no mínimo, a 30 centímetros do cabelo; não puxar demasiado o cabelo durante a secagem; não pintar o cabelo mais do que uma vez por mês; e não pintar o cabelo na mesma ida ao cabeleireiro em que o desfrisa ou frisa.

E não adianta cortar o cabelo mais vezes. Não evita a queda.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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