O maior animal do mundo (e quase o maior da História) está em vias de extinção

Sabia que o maior animal do mundo se desenvolve no mundo aquático? Não só o maior, também o mais pequeno.

Confuso? Então, vamos por partes. O animal mais pequeno do mundo trata-se do tardígrado, um urso aquático com superpoderes.

Por sua vez, o maior animal do mundo (e quase o maior animal que alguma vez existiu na Terra) também habita no Oceano. Falamos, assim, da Baleia Azul, balaenoptera musculus.

Também conhecida como rorqual, a Baleia Azul é uma espécie de cetáceo pertencente à família Balænopteridae.

Segundo o SciencePost, a Baleia Azul é normalmente um animal pacífico e solitário, embora possa, por vezes, viver em pequenos grupos durante a época de reprodução.

Estes grandes cetáceos movem-se lentamente e nadam principalmente à superfície do oceano para respirar, projetando um grande jato de água ao expirar.

Estes animais impressionantes têm um comprimento médio de 27 metros e um peso médio de 150 toneladas. Uma característica interessante é que as fêmeas são maiores do que os machos.

Imagine: o tamanho deste mamífero é equivalente ao de um avião de passageiros e o peso é semelhante a 12 dos maiores dinossauros.

A boca do cetáceo abre-se a uma largura superior a quatro metros, permitindo-lhe ingerir grandes quantidades de água e de alimento: o krill, os seus pequenos crustáceos preferidos.

Estas medidas fazem da Baleia Azul um dos maiores animais de todos os tempos. Com os seus 27 metros, é maior que o mítico megalodonte, que devorava uma orca com cinco dentadas, que tinha apenas 18 metros. É também maior do que um brontossauro, que media 22 metros da pontinha do nariz ao fim da cauda.

A baleia azul perde em tamanho apenas para duas criaturas míticas,  Godzila e King Kong, cada um deles com cerca de 120 metros, e dois dinossauros famosos: o Amphicoelias fragillimus, com os seus 57 metros, e o Argentinossaurus, de 36,6.

Mas, alegadamente, nenhuma das duas míticas criaturas existe… e não é certo que o Amphicoelias fragillimus tenha de facto existido.

Para surpresa dos biólogos, durante um mergulho profundo, a frequência cardíaca de uma baleia azul foi, em média, de 4 a 8 batimentos por minuto, e chegou a apenas 2 batimentos por minuto. Este resultado é 30 a 50 vezes menor do que o esperado.

Para se ter uma noção de quão lento isto é, em descanso, a taxa normal de batimentos cardíacos dos seres humanos é de 60 a 100 por minuto. Esta lentíssima frequência da baleia permite que esta conserve o oxigénio no sangue.

Por outro lado, quando está à procura de comida, a Baleia Azul faz mergulhos intensos para “engolir” pequenas presas e a sua frequência aumenta 2,5 vezes, o que demonstra a flexibilidade do seu sistema cardiovascular.

De volta à superfície, o coração da baleia azul bate 25 a 27 vezes por minuto, em média.

As descobertas, além de muito interessantes, sugerem que nenhum outro animal vai tirar o posto da Baleia Azul. O seu sistema cardiovascular é provavelmente o limite do que é biologicamente possível.

A parte triste nesta história é que a Baleia Azul está em vias de extinção.

A população deste grande animal marinho foi gravemente afetada pela caça à baleia durante o século XX, que levou ao declínio significativo, o que nos traz aos dias de hoje — classificada como uma espécie em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Embora a caça à baleia seja atualmente proibida, a Baleia Azul continua a enfrentar uma série de ameaças, nomeadamente a colisão com navios que é a principal causa de morte, especialmente em zonas de tráfego marítimo intenso.

A poluição sonora, por sua vez, também pode perturbar o comportamento e a comunicação das Baleias Azuis, que são mamíferos extremamente sensíveis. As alterações climáticas e o esgotamento dos recursos alimentares podem também afetar a sobrevivência destes animais.

Apesar dos esforços, o maior animal do mundo continua em perigo.