NASA

Um tijolo de barro com 2,5 kg em cima de um bloco de aerogel com apenas 2 gramas
Dezenas de países por todo o mundo têm imensos arsenais de armas, convencionais e não convencionais. Mas qual é o maior segredo que (não) conhecemos? Um dos candidatos é o “Fogbank” — uma coisa que quase ninguém sabe exatamente o que é.
Por razões óbvias, as forças armadas de todo o mundo esforçam-se ao máximo por manter em segredo as suas últimas inovações. Mas este secretismo pode suscitar grande curiosidade e especulação entre o público.
De vez em quando, os segredos militares são revelados, mesmo que só muitas décadas depois de terem sido inventados.
Um exemplo disso é o Fogbank – um estranho material secreto utilizado pelos Estado Unidos na produção de ogivas nucleares.
O seu fabrico era tão altamente secreto que se perderam pormenores do processo, conta a BBC Science Focus. Embora a sua existência seja agora do conhecimento público, a natureza exata do Fogbank continua a ser secreta.
Assim, quando foi necessário um novo lote do material para renovar ogivas antigas, a Administração Nacional de Segurança Nuclear dos EUA foi forçada a gastar muito tempo e dinheiro para redescobrir o processo.
Os especialistas em armamento acreditam que se trata de um aerogel, concebido para se transformar em plasma sobreaquecido quando a fase de fissão da arma é detonada, o que desencadeia a detonação final da arma, na fase de fusão.
O Fogbank foi inicialmente fabricado no Tennessee entre 1975 e 1989. Após a produção do último lote de ogivas, a instalação foi desativada.
Cerca de 20 anos mais tarde, quando as forças armadas americanas decidiram renovar as suas velhas ogivas nucleares para prolongar a sua vida útil, os envolvidos no projeto aperceberam-se de que tinham sido conservados muito poucos registos sobre o processo de fabrico.
Pior ainda, a maior parte do pessoal que tinha os conhecimentos necessários para fabricar o material tinha-se reformado ou deixado a agência.
Após um dispendioso processo de engenharia reversa, em 2008 foi finalmente produzido um novo lote do misterioso Fogbank. Não se sabe se este aerogel é ainda hoje utilizado em novas ogivas nucleares.
Entretanto… não há ETs
Em 2024, o público teve oportunidade de dar outra espreitadela aos segredos militares dos EUA, quando o Pentágono produziu um relatório que examinava os avistamentos de OVNIs desde 1945.
O relatório concluiu que a maioria dos avistamentos de OVNIs podia ser atribuída a objectos comuns da Terra — em muitos casos, esses objetos eram na realidade tecnologia militar classificada.
Por exemplo, o elevado número de relatos de avistamentos de OVNIs nos anos 50 e 60 foi causado por testes de aviões espiões e tecnologia espacial avançada dos EUA, tais como balões de alta altitude e aviões de combate.
Vários projetos de investigação secretos envolviam aviões em forma de pires, como o caça canadiano VZ-9AV Avrocar, concebido para descolagem e aterragem vertical.
O relatório do Pentágono examinou arquivos e documentos confidenciais de todas as investigações oficiais do governo sobre ‘Fenómenos Anómalos Não Identificados’ e não encontrou provas de tecnologias extraterrestres na Terra.
O Departamento de Defesa dos EUA está atualmente a considerar a possibilidade de reduzir o nível de classificação da informação sobre alguns dos seus programas espaciais secretos, na esperança de que a informação sobre as suas capacidades de defesa funcione como um dissuasor para os seus adversários.
Numa atitude pouco habitual, a Força Espacial dos EUA divulgou alguns pormenores sobre as capacidades do satélite Silent Barker, que monitoriza satélites e naves espaciais em órbita da Terra, antes do seu lançamento em setembro de 2023.
Se os funcionários do Pentágono, que estão a insistir numa maior transparência sobre a sua tecnologia espacial militar, conseguirem o que pretendem, talvez revelações como esta possam tornar-se mais comuns no futuro.
Quem é que acredita em OVNIs quem é?