O poeta e crítico cultural americano Kelly Grovier descobriu um pormenor nas obras de Da Vinci que pode levar a reconsiderar a origem e evolução da Terra – uma árvore.
Kelly Grovier descobriu um pormenor em comum nas duas versões do quadro da Virgem do Rochedo, de Leonardo Da Vinci: uma árvore.
“Aparece abaixo da mão de Maria, ligeiramente transformada de versão para versão. As folhas onduladas da árvore aparentemente inofensiva são moldadas de tal forma que sobressaem precisamente os contornos de uma concha de vieira aberta”, escreve o poeta e crítico cultural americano na BBC. Para Grovier, mais do que um elemento artístico, esta árvore pode ser uma pista que leva a reconsiderar a evolução e origem do planeta Terra.
O crítico chama a atenção para as duas versões da pintura, criada entre 1483 e 1508, sendo que uma se encontra no museu Louvre, em Paris e a outra pode ser encontrada no The National Gallery, em Londres.
A primeira a ser concluída por volta do ano de 1486, tendo a segunda versão sido terminada em 1508. O detalhe leva a desafiar “a conceção da Igreja sobre a criação do mundo”, defende Grovier. As diferenças de cor das duas versões saltam à vista, fora isso ambas partilham a mesma composição e os mesmos elementos.
Por detrás do significado do quadro, explica o Observador, está uma tradição criada pelo povo que diz que Jesus e o profeta João Batista se encontram por acaso quando ainda são crianças que fugiam do Massacre dos Inocentes, a execução de todas as crianças do sexo masculino ordenada por Herodes, o Grande.
Agrupados na pintura, as quatro figuras da obra (Jesus, João, Maria e Uriel) aparecem encostadas a um conjunto irregular de rochas elevadas.
Um outro pormenor destacado por Kelly Grovier é a tendência de Da Vinci para colocar elementos relacionados com a flora nas suas obras
Ao explorar os cadernos de notas do pintor, o especialista em arte acredita que “as folhas da árvore sejam idênticas aos raios encontrados dentro de uma concha de vieira — um símbolo associado não apenas a Maria, mas especificamente à doutrina da Imaculada Conceição.”
Grovier chama a atenção para outro pormenor com o objetivo de nos levar a compreender a sua lógica de interpretação: no centro das duas versões da obra, destaca-se uma joia polida na capa que Maria tem vestida. A pedra no meio dessa joia, que é rodeada por vinte diamantes, está relacionada com a palma da mão de Maria, levando a que desviemos o olhar diretamente das pérolas para a árvore que representa a concha de vieira aberta.
Além disto, na segunda versão do quadro da Virgem do Rochedo, Da Vinci acrescentou à figura de João uma cruz, que “amplifica o significado da árvore na narrativa da pintura que está em Londres. A colisão da cruz inclinada com a árvore, contra a qual parece descansar, representa o brutal aparafusamento das palmas das mãos de Cristo na cruz durante a crucificação.”
Kelly Grovier explica as implicâncias religiosas que podem surgir da interpretação da obra. “Ao ocultar nas suas pinturas uma alusão à alegação herética de que as conchas encontradas nas montanhas são evidência de que os ensinamentos da Igreja sobre a criação da Terra eram equivocados e supersticiosos, Leonardo deixou através da sua obra vulneráveis às acusações de heresia.”
“A determinação de Leonardo de criar um símbolo tão subversivo sugere quão importante era testemunhar, de forma subtil, a beleza bela e blasfema da natureza. A vieira/palmeira, silenciosamente nas margens sombrias, transforma as obras-primas em reflexões subversivas sobre a evolução geológica da Terra”, conclui.
Evolução da terra ainda terá alguma lógica mas não consigo perceber a mínima relação destas pinturas com a origem da terra!
Também pensei algo semelhante.
Depois fui ler o artigo do Observador…e lá percebi.
Nem eu…e olha que tenteeeei, viu!!!
… tou farto de dizer ao pessoal como é que nasceu a terra … tava eu muito bem no eden … quando de repente dei um punzinho .. prontos e apareceu a terra …