O ex-presidente da Rússia e um dos homens de confiança de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, faz eco da propaganda política russa e apresenta a ideia antiga de construir uma “Eurásia unida desde Lisboa a Vladivostok” como uma das razões para a guerra na Ucrânia.
Esta declaração surge numa publicação de Medvedev no seu canal do Telegram e está a ser disseminada por vários órgãos de informação e pelas redes sociais.
O ex-presidente russo escreve que “mudar a consciência sangrenta e cheia de falsos mitos de uma parte dos ucranianos de hoje é o objectivo mais importante” desta guerra.
“O objectivo é a paz das futuras gerações de ucranianos e a oportunidade de finalmente construir uma Eurásia unida – de Lisboa a Vladivostok“, aponta ainda a terminar um texto que começa referindo-se a “falsidades” e à “verdadeira história”.
Medvedev fala do ataque a uma maternidade de Mariupol e do massacre em Bucha como casos “falsos” e produto “da cínica imaginação da propaganda ucraniana“.
Segundo o ex-presidente russo, há Organizações Não-Governamentais e organizações governamentais geridas pelos “Governos ocidentais” a “cozinharem” estas alegadas mentiras por “grandes quantidades de dinheiro”. A sua intenção é “desumanizar a Rússia” e “denegrir” o país, defende.
Mas esta alegada desinformação também é uma prova de que o “ucranianismo profundo, alimentado pelo veneno anti-russo, é uma grande mentira”, refere Medvedev na publicação.
O homem de confiança de Putin fala em Otto von Bismarck e na Guerra Austro-Prussiana de 1866, bem como no “militarismo alemão” e no “monstro do nacional-socialismo” que “acabou por ser destruído apenas pelo Exército Vermelho em 1945”.
“O actual radical ucraniano cresceu atrás da bancada estudantil”, “com pensamentos de ódio por tudo o que é russo”, diz ainda.
“Em vez de se orgulhar das conquistas conjuntas de seus ancestrais, desde 1991, uma pseudo-história do estado ucraniano foi escrita em cima do joelho” e “a ideia de um único povo russo foi destruída” graças a uma galeria de “nazistas zoológicos, assassinos e colaboradores”, escreve também.
“Uma parte apaixonada de ucranianos tem orado pelo Terceiro Reich nos últimos 30 anos”, acrescenta, indo ao encontro da retórica russa que foi apresentada como pretexto para a invasão.
Medvedev salienta que “os símbolos nazistas são encontrados em quase todas as unidades militares da Ucrânia”, incluindo “até copos com suásticas”.
Assim, reforça “a meta de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” já anunciada por Putin. “Essas tarefas complexas não acontecem todas de uma vez” e “serão decididas não apenas nos campos de batalha”, aponta ainda.
“Então, agora nem Lisboa está segura?”
O antigo embaixador da Ucrânia na Áustria, Olexander Scherba, já reagiu às palavras de Medvedev, através do Twitter, com uma pergunta: “Então, agora nem Lisboa está segura?”.
Putin’s sidekick Dmitry Medvedev: we want to build “a united Eurasia from Lissabon to Vladivostok”.
So, even Lissabon isn’t secure now?#StandWithUkraine #StopRussia #StopGenocideOfUkrainians #BuchaMasacre pic.twitter.com/Uz2ceHvaPF— olexander scherba🇺🇦 (@olex_scherba) April 5, 2022
Entretanto, o porta-voz da Agência de Segurança Interna da Polónia, Stanislaw Zaryn, também comentou a publicação de Medvedev, considerando que “é parte de uma mentira sistémica sobre as razões da guerra da Rússia contra a Ucrânia”.
“Ao mesmo tempo, o texto prova que para o Kremlin, a simples atitude dos ucranianos em relação à Rússia já é uma ameaça”, aponta Zaryn.
O responsável polaco também lembra que a ideia de uma “Eurásia unida” foi apresentada por Putin em 2010, num texto escrito para a imprensa alemã, onde falava da “criação de uma comunidade económica harmoniosa de Lisboa a Vladivostok“, cidade portuária russa junto à fronteira com a China e a Coreia do Norte.
Assim, prova-se “a continuidade da política imperial russa que visa outros países”, acrescenta Zaryn, considerando que é “cada vez mais agressiva”.
Mas a publicação de Medvedev “também deve ser vista como uma espécie de oferta política ao Ocidente para superar a guerra da Rússia contra a Ucrânia e voltar a fazer negócios com a Rússia”, destaca Zaryn.
Até porque “a propaganda russa vem pressionando o Ocidente desde o início da invasão, argumentando, entre outras coisas, que a política de sanções sobrecarrega principalmente os países ocidentais“, sublinha ainda, frisando que a publicação de Medvedev “está em conformidade com essas acções.
In his latest comment, Dmitry Medvedev says that Russia’s ‘goal’ is to ‘change the consciousness’ of Ukrainian society and ‘build an open Eurasia from Lisbon to Vladivostok’. 1/10 pic.twitter.com/MQrcKTto85
— Stanisław Żaryn (@StZaryn) April 5, 2022
Poder é só o que interessa à Rússia.
Que mande na Rússia e nos russos. Para mandar em Portugal estamos cá nós.
“cínica imaginação da propraganda ucraniana”! pois sim, também devem ter sido os ucranianos a expulsarem os Tártaros da Crimeia, a dividirem a Polónia com os alemães (várias vezes, a última das quais com os tais nazis), a ocuparem territórios que não lhes pertenciam (actuais países bálticos, por exemplo) e a estenderem os seus tentáculos por todo o globo, da América Latina ao sudeste asiático! quanto maior é o poder, maior é a vontade de o reforçar…
Parece que andam é todos tontos. Ou foi o bicho ou e a droga
Já chegou de Salazar. A democracia, pode ser má, mas é muito melhor e justa que a ditadura.
Será que estes também são drogados como o seu mentor (Hilter)?
Só pode…
Tu não pegas em livros de historia.. só pode..
Tu não estás a par da actualidade; de certeza!
A Vodka é o ópio Russo, combate o frio e é o vívio cronico deles
Já algumas vezes foi relatado nos jornais os militares Russos invadirem as vilas Ucranianas e das primeiras coisas que fazem é ir confiscar a Vodka !
PUTIN = HITLER.
Já percebeste, “Eu!”?
Ucrânia foi o braço direito de Hitler na segunda guerra mundial
E ainda hoje uma parte substancial dos Ucranianos vangloriam os ideais Nacionalistas vs os Russos/comunistas.
Estuda um pouco mais antes de escrever porcaria..
Deves quer “música”…arruma esses livros e acorda para a realidade de 2022!!
O Putin é, de longgeeeee ditador mais parecido com o Hilter, ao ponto de poder prefeitamente ser considerado o Hilter do séc XXI.
Observa a actualidade e compara com os livros e depois anda cá dizer se há alguém mais parecido com o Hilter do que o Putin!
Tu não observas a realidade, tu observas um lado de uma luta propagandista entre 2 frações, achas que é no ZAP que vais encontrar informação correta?ou na CNN ou na FOX?
Tão menino que és..
Sim a tua sugestão é “perfeita” – queimar os livros de historia antigos e apenas “observar” as noticias atuais.. esse é o modus operandi de ditadores
É… eu vou já procurar “informação” no Facebook ou YouTube… e nos livros de história!…
Miguel, a Ucrânia não foi um braço direito de Hitler. Os Ucranianos viram nos nazis uma forma de se libertarem dos russos e declararem e SUA independência. Sofreram com os nazis o que sofreram com soviéticos e agora com o Império Russo.
Mas já agora alguém explica ao Medvedev que a sua Rússia exterminou o povo calmuque só porque se opunha à russificação doe seus territórios (este genocídio é tendencialmente esquecido pela história) e que o importante Principado de Kiev nasceu muito antes (Séc IX e aliado de Bizâncio) do boiardo Principado de Moscóvia que não passava de um misero entreposto comercial.
Portanto a História não é a que ele conta ou interpreta, o que, apesar de tudo, é normal nas autocracias.
Subscrevo na integra e reforço com uma citação de Bismarck que se pode aplicar a Medvedev.
“Louco com muita fome e poucos dentes”
Muito bem!
O Miguel anda a ler os livros de propaganda do Putin e depois faz estas figuras…
Os ucranianos MATARAM vizinhos judeus e vizinhos polacos! Até as crianças de 2,3 anos eram amarradas e mortas degoladas!!! VALE TUDO PARA LIBERTAREM-SE DOS RUSSOS ENTÃO??? Vissem nos nazistas seus “salvadores” então que eles próprios não matassem cidadãos polacos e cidadãos judeus. Deixassem essas atividades apenas para os “salvadores” alemães. Se esses mesmos russos não tivessem depois ganhado a guerra, muito provavelmente nos sequer estaríamos aqui a ler e a debater pois nós NÃO SOMOS ARIANOS!!! Já agora o sonho dos ucranianos é uma EUROPA BRANCA. Assista vídeos no YouTube com matérias de jornalistas da BBC CNN e outras mais sobre ESCOLAS DE NAZISMO PARA CRIANÇAS UCRANIANAS. Busque SCHOOL NAZI CAMPS KIDS UKRAINE. Estavam ensinando crianças a partir dos 6 anos de idade a ODIAREM E MATAREM NÃO APENAS RUSSOS MAS CIDADÃOS “LGBT” TAMBÉM. É essa a libertação que o senhor defende??? Se sim então mais um NAZISTA DETETADO!!!
Bolsonaro, não digas mais disparates!…
O que é da 1* e 2* guerras mundiais ficam na 1* e 2* guerra. É verdade a Ukrania jogou para os dois lados. E dai!? A Alemanha jogou 99% para o lado Nazi, e hoje Alemanha é um pais 99% democratico e a Rússia hoje é um país 90% fascista/ditatorial/Nazi !
Oh, moços, estamos já na Terceira Guerra Mundial. Atualizem os vossos diários!
Muita “erva maluca” anda a ser fumada. A Europa tem é que estar muito atenta a esta gente.
Haverá aqui , nestes comentários ao artigo , quem tenha um olhar objectivo de revolta para as centenas de vitimas , todas faixas etárias confundidas , em vez de legitimar as atrocidades do passado e do presente ???
Se não fossem ignorantes e demagógicos (os senhores Eu e Miguel, prováveis agentes secretos escondidos atrás desses pseudónimos), pensariam que o passado não justifica o presente (apenas o antecedeu). Como tal não é por isso que a Alemanha, a Itália, a Espanha, o Portugal, e outros países de hoje (que alinharam do mau lado na segunda guerra mundial) não são hoje países com uma consciência democrática e anti ditatorial, e anti nazi, tal como a Ucrania (o que não é o caso da Rússia de Putin e de seus lacaios).
Caro Arlindo,
Desculpar-me-á, mas o Senhor tende a esquecer-se que Portugal manteve-se formalmente neutral: alinhou com os dois lados e não apenas com um. Salazar errou muito e em muitas circunstâncias. Porém, nessa em particular (a da Guerra) fez o que foi necessário para manter Portugal fora do conflito. Pode condenar-se o cinismo, a hipocrisia e o oportunismo. Mas não podemos esquecer que se cá houve fome, dos Pirinéus para lá foi muito pior…
Não estou a defender o regime do Estado Novo: teve coisas más, também as teve boas. Tal como a democracia…
Na verdade o Salazar não foi tido nem achado relativamente à neutralidade de Portugal – a sua opinião era irrelevante!
Bastava a Alemanha ou ao Inglaterra quererem e Portugal entrava automaticamente na guerra – e foi por pouco que não entrou…
Eu sei que não gosta do “Botas”. É evidente que, se qualquer das potências beligerantes nos tivesse envolvido não teríamos grande hipótese de fugir ao conflito. Mas também não podemos negar e desdenhar a capacidade que o regime teve, seguramente engolindo sapos, e até com alguns que quase deitavam tudo a perder (caso de Aristides de Sousa Mendes – e note-se, esse sim, um herói nacional, sem prejuízo do melindre e afronta que causou ao regime, mas ainda bem que o fez!) para nos manter de fora.
Vai desculpar-me, mas por muito que não goste do ancién régime, também não pode diminui-lo ao ponto da irrelevância. Foram cometidos erros e atrocidades. Verdade. Mas se não tem havido o 25 ds Novembro, não sei se não teríamos um regime à chinesa ou à russa…
Assim, tenho que concordar.
Infelizmente não há (quase) nada para gostar do Salazar… e ainda hoje estamos a pagar por isso.
Vender volfrâmio aos nazis ao mesmo tempo que vendia à Inglaterra (etc), podia ter corrido mal… muito mal!
O que eu disse é que, se os ingleses ou alemães quisessem, a escolha do Salazar seria irrelevante relativamente à “neutralidade” de Portugal.
Relativamente ao 25 de Novembro, na verdade essa hipótese (de um regime “comunista” ser implantado em Portugal) felizmente nunca esteve sequer perto de acontecer e acho um exagero (para não dizer outra coisa) quando como se fala disso como se fosse uma realidade a acontecer “no dia seguinte”.
Mas concordo que o 25 de Novembro deve ser celebrado – não tem a importância do 25 de Abril, mas tem importância na evolução da democracia em Portugal.
Agentes quê?! Mas tu sabes ler?
Não falei do passado – muito menos para justificar o que quer que fosse; antes pelo contrário – apenas referi que o Putin é o novo Hitler!!
Respira fundo e lê bem antes de disparatar…
Enfim, tiranetes, loucos e sanguinários. Megalómanos também: Bonaparte, Hitler, Putin. O último não tardará a fazer companhia aos outros dois… Os Kim também se lhe podiam juntar. Assim como quem os “sustenta”.
Pronto! Não é preciso ser psiquiatra para lhe fazer o diagnóstico. É apenas mais um infeliz com a mania de que é o Napoleão Bonaparte.
O que irá acontecer ao Putin e à sua Rússia será um isolamento crescente por parte do mundo livre e uma submissão também ela maior ao poder chinês. Com esta ação criminosa sobre a Ucrânia penso que servirá de aviso a todos de que da parte da Rússia jamais se poderá esperar uma amizade verdadeira e justa de forma a esta poder partilhar de uma comunidade tipo UE; por seu lado os chineses mais espertos do que os russos aproveitarão a oportunidade para de certa forma colaborarem com o regime de Putin o qual sairá mais enfraquecido com o desgaste desta guerra e em seguida submeterão a Rússia mais enfraquecida aos seus interesses, pois não lhes interessará de alguma forma ter a seu lado outro regime ditatorial que compita militarmente e económicamente com eles, a fatura sairá cara à Rússia a longo prazo!
Sim, e num país daquele tamanho (e com aqueles recursos naturais), a China até esfrega as mãos de contente…
Portanto, a UE tem que abrir a pestana e olhar para a China como uma futura Rússia – com a agravante de, ao contrário da Rússia, a China ter os cofres cheios…
Se o Ocidente continuar a mandar dinheiro para a China – como tem feito até agora – em menos de 10 anos temos a China com um poder militar superior ao da Rússia e, se já hoje eles já “cantam de galo”, é imaginar a China com os tiques do Putin!…
E, mais uma vez, convém relembrar o papel de “grandes líderes” como a Merkel ou Sarkozy nisto tudo!…
Basta olhar para o mapa para se perceber que a área geográfica contínua, de Lisboa a Vladivostok, cria oportunidades que não deviam ser desprezadas. A Europa tem 450 milhões de habitantes e a Rússia tem 150 milhões, o que significa que a Rússia não pode absorver a Europa. Mas a cooperação económica faz todo o sentido. A Rússia é riquíssima em recursos minerais e agrícolas e a Europa tem uma indústria altamente desenvolvida. Há complementaridade entre as duas. Por outro lado, do ponto de vista estratégico, uma parceria entre a Europa e a Rússia teria duas vantagens:
1. Reduzir o risco de uma hegemonia chinesa.
2. Livrar finalmente a Europa da presença opressiva dos EUA.
Em vez de reagir como cãezinhos de Pavlov, devíamos pensar na enorme oportunidade que uma cooperação em tão vasto espaço nos traria a todos.
Boa noite candeeiro, quando saíres apaga a luz…
Loucos!!!!!!
Esta “história” da nazificação da Ucrânia deixa-me perplexa. Confesso que não gostei nada de ver estudantes africanos a serem impedidos de sair, na sua vez, ao quererem transpor a fronteira para fugir à guerra. Por que razão terão sido preteridos?
Medos tanta maluquice , não façam mal Portugal é meu
Está guerra está a causar susto matar esfular por nada uma birra de um maluco mandar matar a nossa família merece castigos Acabem com eles e família tudo igual ao que fazem na 0crania e suas famílias não gostamos
oh Joana,que tal aprenderes Português antes de escreveres banalidades na net?
Olha quem “fala” (escreve)…
Iniciou a frase com letra minúscula. Não há espaço depois da primeira vírgula e, mesmo sabendo que a palavra “net” é possível, deveria ter escrito “Internet”.
Passe bem, coma ovos da Páscoa, são deliciosos!