Putin pede desculpa, mas não admite culpa pela queda de avião do Azerbaijão

Sergei Karpukhin / POOL / EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que a defesa aérea russa estava em ação na quarta-feira quando um avião da Azerbaijan Airlines tentou aterrar; e pediu desculpas ao homólogo azerbaijano pela tragédia que matou 38 pessoas.

Vladimir Putin admitiu, este sábado, numa conversa telefónica com o seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliev, que a defesa aérea russa estava a operar no momento da queda de avião do Azerbaijão, esta quarta-feira.

Segundo uma declaração oficial do Kremlin, citado pela Agência France-Press (AFP) Putin afirmou que “o avião comercial do Azerbaijão tentou repetidamente aterrar no aeroporto de Grozny”, ao mesmo tempo que a região era atacada por drones ucranianos. O presidente russo admitiu que aviões de defesa russa “repeliram esses ataques”.

O presidente russo pediu desculpas ao seu homólogo azerbaijano pelo que chamou de “incidente trágico” após a queda avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, que resultou na morte de 38 pessoas, a maioria azeri, embora também houvesse russos e cazaques, segundo a agência de notícias Kazinform.

Desculpas, sem admitir culpa

Apesar de ter pedido desculpas, Vladimir Putin não admitiu, em momento algum, que o avião foi atingido por estas defesas.

O avião efetuava, na quarta-feira, um voo da capital do Azerbaijão, Baku, para Grozny, a capital regional da república russa da Chechénia, quando virou em direção ao Cazaquistão e caiu ao tentar pousar.

Na sexta-feira, uma autoridade dos EUA e um ministro do Azerbaijão fizeram declarações separadas atribuindo a culpa do acidente a uma arma externa.

Na quinta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, já tinha pedido uma investigação completa sobre as circunstâncias da queda do avião no Cazaquistão e pedido pressão internacional para esclarecer as circunstâncias do acidente que sobreviveram 29 pessoas.

A Azerbaijan Airlines revelou que o avião sofreu “interferência física e técnica externa”, citando os resultados preliminares da investigação ao desastre.

ZAP // Lusa

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