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PSP e GNR vigiam redes sociais para evitar festas de ano novo ilegais. Operações na estrada até dia 4

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António Cotrim / Lusa

Não fosse a pandemia, o momento era de festa e celebração pela entrada num novo ano. Porém, 2000 trocou as voltas e as aglomerações são agora proibidas. Nas redes sociais multiplicam-se os grupos de pessoas que querem comemorar a passagem de ano, mas as autoridades estão alerta.

Nas redes sociais, e apesar de o país estar em plena pandemia, são muitos os grupos que oferecem várias opções para quem quer passar o ano novo fora de casa. “Alugo salão tipo rural para festa privada no dia 31/12 e 1/1”. “Melhor passagem de ano de sempre em Braga” ou “Passagem de ano privada em Guimarães”, são alguns dos anúncios.

Tanto a GNR como a PSP têm estado atentas a este comportamento, mas não tem sido fácil ter acesso aos locais escolhidos, uma vez que as coordenadas para perceber onde se realizam estas festas são escassas. Para isso, é preciso ser convidado para um destes grupos fechados no Facebook ou enviar uma mensagem privada para poder ficar a saber de todos os detalhes.

Esta é a maior dificuldade das autoridades para tentar encontrar os locais onde vão ser realizadas as festas que pretendem estender-se pela noite e madrugada do ano novo, o que, de acordo com as restrições aplicadas para a quadra festiva, é ilegal.

Para além das festas privadas, a polícia também detetou festas de passagem de ano organizadas por coletividades, onde se incluem espetáculos, em Lisboa, Porto e Algarve. Nestes casos, os convites fazem-se nos espaços públicos nas redes sociais, o que facilita a sua deteção pela polícia.

Hugo Marado, comissário da PSP do Algarve, garante, em declarações ao Expresso, que as autoridades vão atuar “mais na reação”, o que não invalida a monitorização das redes sociais para perceber onde se organizam as festas privadas.

David Ferreira, capitão da GNR, afirma que as patrulhas vão ser “ajustadas em função das informações recolhidas nas redes sociais, e não só.”

Na última noite do ano, as forças de segurança vão apostar na visibilidade, em alguns casos de forma mais musculada. Nas ruas, poderão estar centenas de operacionais com colete anti-bala e armas à vista. A tónica será, no entanto, sensibilizar os infratores para que regressem a casa, sem uso da força, afirmaram as autoridades.

“Vamos ter atenção sobretudo aos bairros mais problemáticos onde é habitual a realização de festas informais na rua e em casa. Mas as ordens são para dissuadir e só em último caso efetuar detenções”, diz fonte da PSP.

Tanto no caso da PSP como da GNR haverá uma aposta nas operações na estrada que têm por objetivo impedir as viagens entre concelhos entre as 23h do dia 31 e as 5h do dia 4 de janeiro.

Ana Moura, ZAP //

 

4 Comments

  1. Sempre com o respeito e a gratidão devidos a todos quantos dão o “corpo às balas” em prol da saúde pública, sejam as forças de segurança e todos os demais profissionais que estão a trabalhar nesta passagem-de-ano, tenho para mim que é preciso ver o outro lado, o lado do povo que tão castigado têm andado, muitas vezes sem saber se vai, ou não, ter um pouco de pão sobre a mesa logo à noite. De modo que será prudente não levar alguém pelas orelhas imediatamente a casa, se à meia noite ou uma da manhã, alguém sair com uma garrafa na mão e andar 500 ou 1000 metros para beber um copo com um camarada, uma família ou um pequeno grupo de amigos, num passageiro momento de alegria. É tudo uma questão de escala, de bom senso e de equilíbrio.
    Já os que andam nas redes sociais a anunciar festas, deve ser mais para gozar com a malta porque, hoje em dia, ninguém com dois dedos de testa vem para as redes sociais super-vigiadas anunciar seja o que for. Ainda há dias, aqui no ZAP, se anunciava um grande baile de passagem-de-ano com um lauto jantar, numa latitude entre o rio Mondego e o rio Douro, para portugueses e espanhóis (começam a ser frequentes eventos deste género), mas estes já não iam a toque e a reboque de redes sociais: a divulgação e o convite seriam feitos por radioamadores, em ondas curtíssimas encriptadas, expediente ou tecnologia que remonta à II guerra mundial. Não tenho a mais pequena ideia de como se faz isso mas, tomando apenas a boa lógica como referência, creio que só poderá ser boca-a-boca, depois de uns tantos receberem a mensagem via rádio.
    Caiamos na conta de que são coisas que dizem e, entre o dizer e o fazer, vai uma distância às vezes intransponível. Quero desejar a todos um bom ano de 2021, de tal modo que tenhamos o suficiente para viver e que haja saúde, paz e alegria.

  2. mas o que é mesmo ilegal?
    as restrições ou as festas?
    que acho que nem uma nem outra são legais. porque não vi lei nenhuma a sair no diario da republica para não por a constituição dos direitos portugueses em cheque acho que isso torna as leis do governo também ilegais embora o dever civico das pessoas tanto por elas como pelos outros devem fazer o que dizem.

  3. Com a guerra que andam entre eles como meninos birrentos devido ao transporte das vacinas, será que irão ter tempo de cumprir os seus deveres?

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