PSG tinha “exército de bots” para atacar jogadores. Pode ser a gota de água para Mbappé

Yoan Valat / EPA

O Paris Saint-Germain terá encomendado a criação de um exército de bots no Twitter com o objetivo defender o clube e atacar os seus detratores — entre os quais, alguns jogadores.

As revelações fazem parte de uma investigação do jornal Mediapart, que também ele é visado na campanha dos parisienses. O diário francês teve acesso a um relatório realizado pela agência Digital Big Brother (DBB) que descrevia o plano.

Entre 2018 e 2020, foram criados vários perfis falsos para o efeito. Entre os alvos terão estado nomes como Mbappé, Rabiot e até Antero Henrique, ex-diretor desportivo dos parisienses.

As contas falsas terão sido usadas para difamar a imprensa e todos os que estavam contra a administração do clube e contra a renovação de Mbappé. Tudo terá acontecido durante o verão, quando o jogador estava na iminência de uma transferência para o Real Madrid.

Por outro lado, os bots contratados pelo PSG defenderam, por exemplo, Neymar Jr., num caso em que o brasileiro foi acusado de ter ameaçado um adepto do clube.

Os campeões franceses podem ter agora problemas maiores em mãos. Kylian Mbappé poderá usar as recentes revelações para rescindir contrato com o clube.

Parece que o estado de graça entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain foi sol de pouca dura. Depois de um pequeno intervalo, parece que a novela em torno do jogador francês está de volta. A relação entre Mbappé e o PSG azedou tanto que o craque até quer sair já em janeiro.

Tatiana Vassine, advogada especialista em direito desportivo, explicou ao canal RMCSport que a situação é suficientemente grave para constituir uma razão válida para Mbappé rescindir unilateralmente com o clube.

“Cada uma das partes vinculadas por um contrato de trabalho está sujeita a uma obrigação de lealdade que equivale à obrigação de boa-fé existente em todos os contratos. Como o empregador, devem cumprir as obrigações um com o outro de maneira justa e, obviamente, sem prejudicar o outro”, sublinhou a advogada.

O Paris Saint-Germain nega as acusações do Mediapart.

Daniel Costa, ZAP //

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