PSG em autodestruição: Insultos a Messi e protestos à porta da casa de Neymar

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Neymar celebra com Messi e Mbappé (PSG)

Adeptos protestaram à frente da sede do clube e à porta da casa de Neymar. O clube está de pernas para o ar e tanto Messi como Neymar podem estar de saída.

O Paris Saint-Germain está em estado de sítio. Os adeptos parecem ter-se fartado não só da direção do clube, como também de duas das suas principais estrelas: Lionel Messi e Neymar Jr.

Um grupo de adeptos do PSG protestou, esta quarta-feira, à porta da casa de Neymar, exigindo a saída do internacional brasileiro do clube. “Vai embora”, clamavam dezenas de adeptos.

“Acabaram de sair da porta da minha casa”, escreveu Neymar nas redes sociais. “Passaram aqui em casa”.

Antes, num protesto que juntou centenas de pessoas na sede do clube, também já se tinha pedido a saída do jogador. À porta da sede do clube, ouvia-se cânticos como “Direção, demissão” e “PSG é nosso”.

Os cânticos também visaram Leo Messi, que foi suspenso por duas semanas pelo PSG após ter viajado até à Arábia Saudita sem a autorização do clube. O argentino não vai receber salário, treinar ou jogar.

“Messi, filho da p***”, gritavam os ultras do PSG, que também criticaram Neymar, Galtier e Verratti.

Entretanto, o PSG emitiu um comunicado a condenar os insultos ao clube e aos jogadores junto à sede do clube.

“O Paris Saint-Germain condena de forma veemente as ações intoleráveis e insultuosas de um pequeno grupo de indivíduos, ocorridas esta quarta-feira. Quaisquer que sejam as diferenças, nada pode justificar tais atos. O clube dá o seu total apoio aos seus jogadores, à sua direção e a todos os afetados por estes comportamentos vergonhosos”, pode ler-se em comunicado.

Já na segunda-feira, os ultras do PSG, o Collectif Ultras Paris, marcaram presença no centro de treinos da equipa, depois da derrota caseira frente ao Lorient. “Ninguém vos respeita, por que vamos fazê-lo nós?” e “Não representam a nossa cidade, quem se reconhece neste PSG? Saiam daqui” eram alguma das mensagens lidas nas tarjas de protesto.

Toda esta situação levou a imprensa francesa, esta terça-feira, a avançar que o PSG não vai renovar o contrato de Leo Messi, que termina em junho deste ano. A cláusula de mais um ano de opção de contrato não deverá ser acionada.

As negociações entre ambas as partes não correram bem. Messi não aceitou a proposta do PSG que envolvia um corte de 25% no salário, de forma a cumprir o fair play financeiro.

Por outro lado, os parisienses não estavam dispostos a obedecer às exigências do argentino, que exigiu maiores garantias de que os franceses vão lutar ativamente pela conquista da Liga dos Campeões na próxima época. Para tal, Messi pedia o despedimento de Christophe Galtier e a contratação de nomes de topo.

O ex-futebolista do emblema parisiense Jérôme Rothen disse, esta quarta-feira, acreditar que Lionel Messi não irá voltar a representar o PSG.

“Estamos a caminhar diretamente para o despedimento do jogador”, começou por afirmar o antigo internacional francês. “Não podemos esperar que Leo Messi passe 15 dias longe do clube e regresse de corpo e alma para jogar. Ele incomodou tanto o clube com esta viagem que encararam-na como um golpe”.

“É o desejo do Paris Saint-Germain. Digo, com 99% de certeza, que não voltaremos a ver Leo Messi jogar pelo PSG. Eles já não queriam renovar com ele. Mesmo sem este caso, Messi não ficaria”, acrescentou, em declarações à RMC Sport.

Daniel Costa, ZAP //

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