Bloqueio relacionado com a esposa, mensagem interna sobre “profunda cobardia”: Miranda Sarmento no centro das atenções.
Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada parlamentar do PSD, é o centro das atenções dentro do partido.
O deputado social democrata, que foi escolhido por Luís Montenegro para substituir Paulo Mota Pinto, está a causar desagrado interno.
Miranda Sarmento votou a favor de propostas do Chega e da IL para a constituição de uma comissão de inquérito ao SIS, falou no Parlamento sobre a alegada troca de favores entre PS e PSD em Lisboa e terá travado a audição parlamentar de um superior hierárquico da sua esposa – num requerimento feito pelo próprio PSD.
Na sexta-feira, e após algumas críticas internas (mas sem os deputados revelarem os seus nomes), surgiu a resposta do líder parlamentar.
“Que haja deputados que entendem que eu não sou um bom líder parlamentar, que não tenho perfil político e que outros seriam melhores líderes, é algo que posso aceitar, sem qualquer problema, quando as críticas são directas e frontais. Que o façam nos jornais, a coberto do anonimato, parece-me de uma profunda cobardia”, atirou.
Luís Montenegro já interveio. Nesta segunda-feira o líder do partido deixou a ideia de que o lugar de Miranda Sarmento não está em causa.
“Eu estarei na próxima reunião do grupo parlamentar, ao lado do grupo parlamentar, como sempre estivemos, e sobretudo ao lado do seu líder, que tem feito um trabalho excepcional à frente da bancada, concretizando desafios que temos pela frente de sermos uma oposição responsável, consistente, serena, firme e dedicada ao objetivo de governar Portugal”, afirmou Montenegro, em conferência de imprensa.
Nesse sentido, Luís Montenegro vai estar na quinta-feira numa reunião com os deputados do PSD.
A prioridade, indica o Diário de Notícias, é dizer pessoalmente aos deputados que apoia Joaquim Miranda Sarmento.
Montenegro vai “pôr ordem na casa” e mostrar que é contra as críticas internas que surgiram contra o seu líder parlamentar.
Coitado.