PS não forma Governo – mesmo que ganhe as eleições com os votos dos emigrantes

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António Pedro Santos / Lusa

Pedro Nuno Santos (PS) na noite das eleições legislativas 2024

Voto contra o Orçamento da AD – se houver – na generalidade e na votação final global. Em alguns pontos pode deixar passar.

A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições legislativas, no território nacional, mas ainda não se sabe se o Orçamento do Estado 2024 vai mudar.

Em Novembro, Luís Montenegro, presidente do PSD, assegurou que iria apresentar um Orçamento rectificativo.

Se isso acontecer, o Partido Socialista (PS) vai votar contra esse documento, na generalidade.

“Se houver Orçamento votaremos melhor o que acharmos importante na especialidade e contra na generalidade ou final global”, garante fonte do PS à rádio Renascença.

Mesmo sem viabilizar o OE, o PS deverá “aqui e ali” votar a favor ou preferir a abstenção.

O PS já tinha anunciado que não aprova orçamentos elaborados por um partido não socialista – e, mesmo com uma eventual abstenção do Chega, o documento não passa.

Sem um novo documento, ficará em vigor até ao fim de 2024 o Orçamento do Estado aprovado pela maioria absoluta do PS – que o PSD votou contra.

Sempre oposição, mesmo que ganhe

Mas o PS não recua. Estará na oposição, até para travar um crescimento ainda maior do Chega: “Se a extrema-direita ficasse de fora e a liderar a oposição, em breve disputariam a liderança. O PS não vai permitir isso, lideraremos a oposição”

E o PSD é que “tem de mostrar se a direita consegue ou não entender-se e ter estabilidade”, acrescenta um dirigente do PS.

Ainda falta contar os votos dos emigrantes – que podem dar vitória ao PS. Os socialistas podem passar a ter 81 deputados contra 79 da AD, ou ficar 80-80 mas com mais votos para os socialistas. É um cenário pouco provável, mas possível.

No entanto, um dirigente socialista avisa: “Não ia correr bem irmos para o governo neste contexto, mesmo tendo mais um deputado“.

Ou seja, escreve a Renascença, o PS não vai formar Governo mesmo que ganhe as legislativas após a contagem dos votos dos círculos fora do país. Porque a direita tem sempre maioria absoluta, junta.

“Uma cura de oposição nunca fez mal a ninguém. É o mais inteligente a fazer”, analisa uma fonte do PS.

ZAP //

10 Comments

  1. O PS preocupado com eles mesmos e não com o futuro do país! Têm sido sempre isto: governam-se do país e não para o país!

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  2. Contas certas, défice abaixo do PIB, recusa do PS em governar mesmo que tivesse maioria de deputados e eleições convocadas por um PR manhoso sem saber que culpa o PM tem (se é que tem alguma, porque a PGR nunca o chamou para ser ouvido até agora…)
    Ora venha de lá o Sr. Montenegro, com ou sem Chegófilos, a ver se faz melhor.
    Fixem as estatísticas à data de hoje (PIB, défice público, desemprego, crescimento da economia e por ai fora) e vamos ver, por comparação, onde estamos daqui a um ano ou 2…
    Agora não há desculpas para nada… Ou fazem melhor do que encontraram… ou o mais tardar em 2026… quero ver quem é que fica aLAPAdo ao tacho…
    E é o Sr. Hugo Soares (do PSD) que disse hoje: “O 2º governo de António Costa até nem foi mau…”
    Agora já “não foi mau”… engraçado… mas demitiu-se assim que foi acusado de alguma coisa sem prova de nada…
    O que fará Montenegro quando for acusado de alguma coisa, tipo… Operação Vortex (beneficios fiscais na sua casa de Espinho)?

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  3. O PS preocupado com ele mesmo? Mesmo depois de um PM se demitir sem ser acusado forrmalmente de nada (apenas com base numa suspeita que já se percebeu que foi uma conversa ao telefone mal percebida pela Sra. PGR)?
    Mesmo depois de PNS dizer que deixa o governo ao PSD mesmo que tivesse mais deputados?
    É preciso ter lata ou falta de vergonha na cara.

  4. O PS já reduziu a Divida em 30% e rating A.
    Agora o PSD já pode empobrecer o país e chamar a Troika outra vez.

    Passos Coelho… “a Troika veio a nosso pedido ” … JN 30-4-2011

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  5. Qualquer governante de um qualquer país civilizado se demitiria caso o seu chefe de gabinete fosse apanhado com 75 milenas escondidas na prateleira, de maneira que o homem apenas antecipou o que era inevitável. Agora, se o PS for o partido mais votado não vai aceitar formar governo porque só sabem governar com maioria absoluta ou em geringonça (leia-se, extrema-esquerda marxista-leninista). Primeiro está o PS, depois o PS e só no fim o País.

  6. Primeiro está o Gardner, depois está o Pedro R. e a seguir vem outro nick qualquer da mesma pessoa para parecer que sao muitos. Boçalidade insanavel…. com retardados nao se discute.

    Citam-se factos, no maximo.

    Jornal Publico

    “Apenas três governos minoritários chegaram ao fim em Portugal e um foi nos Açores”

    Agora va la ver de que partido foram esses 3 governos… vai uma ajuda. Nenhum foi do PSD….

    Quanto ao JP, sugiro que diga aqui do que é que Antonio Costa foi acusado pessoalmente. E porque nao foi chamado a depor em coisa nenhuma…

  7. Num dos Governos PS, em 2015, nem sequer tinham ganhado as eleições. António Costa fez a geringonça nas costas do povo e conseguiu governar os quatro anos. No último governo PS, apesar da maioria absoluta, implodiu. Em dois anos perdeu 12 ou 13 membros do governo e por fim apareceu o chefe de gabinete de António Costa com 75.000 euros escondidos no próprio gabinete, cuja origem se desconhecia à data da descoberta. Houve ainda as situações de lobby feitas pelo amigo de peito de António Costa, o Diogo Lacerda, que tanto estava na gestão da TAP como no lado dos potenciais compradores da TAP. Houve ainda a cena de pancadaria no Ministério do Galamba, situação que levaria à demissão do ministro em qualquer parte do mundo civilizado. António Costa faz a cena teatral de o suportar. Mais à frente Galamba é constituído arguido e nem agora queria demitir-se, mas a pressão pública foi tal que lá acabou por se demitir. Tudo isto pesou na decisão de António Costa para pedir a sua demissão. Neste sentido, quem se demitiu foi o próprio António Costa. Os casos e casinhos foram tantos, que a maioria absoluta não suportou a existência do governo PS.
    E isto é o que se sabe e nos lembramos.

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