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Arqueólogos revelam provas de que a Papisa Joana existiu

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Wikimedia

A Papisa Joana representada como o anti-cristo. “The Whore of Babylon”, óleo de Lucas Cranach (1534)

Arqueólogos conseguiram provas substanciais de que uma mulher ocupou o cargo mais importante da Igreja Católica. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Flinders, na Austrália.

Para os pesquisadores, a história acerca da existência de uma papisa, alimentada desde a Idade Média, é real. Entre as provas que sustentam os argumentos está a produção de moedas em homenagem à papisa.

De um lado das moedas analisadas está o nome do imperador Luís II. Do outro, um monograma assinado pelo papa vigente que representa o nome “IoHANIs”. Segundo os pesquisadores, este nome pode ser lido como “Iohannes”, latim para João.

“Nessa época [850 d.C.], não existiu oficialmente nenhum papa com o nome de Iohannes. Mas há muitos registos de Iohannes Anglicus, a papisa”, afirmou Michael E. Habicht, autor do livro “Papisa Joana: O Pontificado Encoberto de uma Mulher ou uma Lenda?”, numa entrevista à AH.

De acordo com o escritor, a história oficial apresentada pela Igreja levantou sempre suspeitas. O autor destaca ainda que a ligação das moedas ao nome de João VIII, que reinou de 872 até 882, é bastante frágil.

“Esse papa tem um monograma diferente. E uma análise grafológica apoia a conclusão de que são diferentes assinaturas, de duas pessoas diferentes”, conclui.

Apesar de muito comentada durante a Idade Média, esta história e estas suspeitas acabaram por cair em esquecimento com o passar do tempo. Em 1099, o dominicano Jean de Mailly, ressuscitou a lenda, falando sobre a vida de Joana.

Pesquisadores dizem que Joana se disfarçou de homem para ascender na hierarquia católica, até conseguir ser eleita papa. A papisa teria reinado entre 856 e 858, sob o nome falso de João (Iohannes, em latim) e o disfarce foi descoberto durante uma procissão, quando o suposto papa João se sentiu mal e deu à luz no meio da rua.

A peripécia, por motivos óbvio, causou grande indignação e levou Joana para a prisão, onde, depois de ver o seu nome removido de todos os documentos da Igreja Católica, acabou por falecer, aos 42 anos, pouco tempo após o nascimento da sua criança.

Joana terá nascido na Idade Média, em janeiro de 814. Proveniente de uma família de camponeses, seria filha de um missionário da Igreja Católica. Historiadores dizem ainda que a jovem tinha o hábito de questionar os cânones do seu tempo.

A história da papisa chamou atenção do cinema e em 1970, a atriz Liv Ullman protagonizou um filme sobre o assunto. Em 2009, a papisa voltou aos grandes ecrãs numa produção dirigida pelo cineasta alemão Sonke Wortmann. O filme baseou-se no livro “Papisa Joana”, da inglesa Donna Woolfolk Cross.

Até aos dias de hoje a Igreja Católica não permite mulheres em cargos de liderança.

ZAP // Hypeness

3 Comments

  1. Essas datas tão um luxo! Ora vejamos a dita cuja nasceu em 814, teria reinado entre 856 e 858, ou seja, iniciou as suas funções como Papa Profissional fazendo os descontos todos correctos para segurança social e com direito a subsídio de férias e de Natal papal aos 42 anos e terminou funções aos 44 anos.
    No entanto não é que a mulher morre aos 42 anos logo quando começou a “papar”, pior que isso “papou” dois anos morta e além disso ( e agora pasmem-se) alguém a papou morta e ela engravidou e teve um filho sempre morta e já no final da “papada”.
    Esta papa tudo e todos, até que alguém a papou e lá se vai o papado.

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