Protetor solar pré-histórico salvou os Homo Sapiens

Tal como fazemos na praia, como está muito calor, também os nossos antepassados se tiveram de adaptar às alterações do campo magnético da Terra, que tornaram o Sol mais agressivo. Assim nasceu o primeiro protetor solar.

Há 41.000 anos, aconteceu uma inversão magnética do planeta. Atualmente, um fenómeno deste tipo seria um verdadeiro desastre para a Humanidade, com a falha de telecomunicações e satélites a destruir a tecnologia.

Mas durante o evento de Laschamp, no qual os polos magnéticos da Terra se deslocaram das suas posições geográficas habituais, o Homo Sapiens sobrevieu com grande sucesso.

Mas como, se o enfraquecimento do escudo magnético da Terra trouxe consigo uma intensificação global das auroras, e uma sobre-exposição às radiações ultravioleta? O Sol queimava bem nessa altura, mas os nossos antepassados tinham uma solução.

Chama-se ocre e começou a ser usado (muito) mais tarde para pinturas. Até lá, era um simples pigmento natural composto por óxidos de ferro, argila e sílica. Só que este mineral ajudou a proteger os humanos da forte radiação, devido às sua propriedades semelhantes às dos protetores solares modernos.

Assim descobriu a Universidade de Michigan, num estudo publicado esta semana na Science Advances. Os cientistas recorreram a provas arqueológicas de ferramentas como agulhas, furadores e raspadores.

Estes objetos permitiram perceber que não foi só o ocre a proteger da luz solar: naquela altura, já se confecionavam roupas justas ao corpo, para proteger do Sol, com recurso a estas ferramentas.

Para além disso, a equipa descobriu ainda que as áreas mais expostas à radiação cósmica na época coincidem com regiões onde houve um aumento da ocupação de cavernas. Ou seja, os nossos antepassados abrigavam-se dos raios UV em lugares frescos e não expostos à luz solar.

Como explica a LBV, este estudo revoluciona a crença generalizada de que um campo magnético forte é essencial para a vida.

ZAP //

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