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Professores. Nem todos assinaram acordo: “Seria hipócrita. Ministro foi execrável”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O dia foi histórico mas não para todos. FENPROF e outros quatro sindicatos não assinaram. Mário Nogueira explicou a recusa.

A Federação Nacional da Educação (FNE) falou num dia histórico para os professores: foi assinado um acordo para a recuperação do tempo de serviço congelado.

O famoso tempo de serviço – 6 anos, 6 meses e 23 dias – foi congelado durante a troika, no Governo liderado por Pedro Passos Coelho.

Agora será recuperado totalmente em pouco menos de 3 anos, contou Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE. Em Setembro deste ano vai ser devolvido 25% e, no prazo de um ano, 50% já deverá ter sido devolvido.

Todos os professores alvos de congelamento vão também ficar dispensados de vagas de acesso aos quinto e sétimo escalões. Essa progressão será logo no dia em que os professores reúnem as condições necessárias.

Sete sindicatos chegaram a acordo com o Governo nesta terça-feira: FNE, FENEI, SIPE, FEPECI, SPLIU, SNPL e SIPPEB.

“Seria hipócrita”

Mas cinco sindicatos recusaram assinar um acordo.

A FENPROF – Federação Nacional dos Professores foi um dos que ficaram de fora e Mário Nogueira explicou a recusa.

O secretário-geral da federação alega que o Ministério da Educação manteve a recuperação do tempo de serviço apenas para efeitos de progressão na carreira e que este é um acordo que exclui (ou total, ou parcialmente) mais de 25 mil professores que estão em final de carreira.

“Como é que alguém agora consegue explicar a esses professores ‘vocês estiveram na luta mas agora são ignorados’?”, perguntou.

“Seria hipócrita fazer um acordo hoje e, para a semana, estarmos ali à porta com os professores no topo da carreira a dizer que também querem ser envolvidos”, disse Mário Nogueira.

O líder da FENPROF também atacou o ministro da educação, Fernando Alexandre, que de tarde tinha dito que a FENPROF “nunca é parte da solução” e até duvida de que a educação e os professores “sejam a preocupação” da federação.

Palavras destas numa primeira negociação com este ministro são mau sinal: “Significa uma facada na confiança que podíamos ter no ministro da Educação. Para que seja recuperada, o ministro tem de dar provas de que é merecedor disso”, comentou Mário Nogueira.

“Isto é completamente execrável”, acrescentou o sindicalista.

No STOP, que também não assinou o acordo, André Pestana disse que o sindicato “não esquece” os professores excluídos.

Pró-Ordem, SEPLEU e ASPL também não assinaram qualquer acordo com o Governo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

15 Comments

  1. Execrável é o sr Mário Nogueira que tem, nos últimos anos ,andado a reboque de iniciativas de outros sindicatos ou mesmo dos professores que tanto batalharam para recuperar o que é seu por direito! Pela primeira vez em muitos anos conseguimos alcançar o que tanto queríamos. Realmente também me parece que a agenda política da Fenprof não tem nada a ver com os professores!! Está na altura de se reformar!

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  2. Este sindicalista profissional ainda vai ser a desgraça dos professores. Este fulano que se gere pelo pc nunca vai estar de acordo com nada.
    Não corram com os pc’s da fenprof e vão ver o que lhes vai acontecer.

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  3. A FENPROF só anda a mando do partido comunista, mais a ideologia marxista-leninista da ex-união soviética. Nunca assina nada. Só com os comunistas no poder.

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  4. Este comunista da Fenprof não larga o tacho porque o que quer através do sindicato é fazer agitação política, mais do que tratar dos problemas dos professores. A esquerda, através de Sócrates prejudicou escandalosamente os professores e agora que este governo, em apenas 30 dias quer repor-lhes esse tempo de serviço, o sindicato o que faz é rejeitar esse sentido de justiça e esse esforço governativo. Com parasitas desta estirpe como pode este país progredir?

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  5. Mais vale um acordo apenas “bom” do que um “não acordo” (como aconteceu nos últimos anos, incluindo aqueles em que a FENPROF esteve muito mansinha, durante o período da “geringonça”). Claro que as declarações do Ministro da Educação sobre essa federação sindical, revelando falta de maturidade/experiência política, em contraste com a sensatez que tem vindo a revelar, serão uma boa desculpa para não haver mais acordos (pelo menos, com a FENPROF) que melhorem o atual.

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  6. Não fazia ideia de que esta profissão tinha tantos sindicatos (7+5=12)! Deve ser a profissão recordista na matéria. Já alguém contactou o pessoal do Guiness?

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  7. Curioso!
    Aqui, a maioria destes comentadores de sofá, nunca fizeram estes comentários, durante o anterior governo!!!

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  8. Mas todos os funcionários publicos lhes congelaram as carreiras agora é a vez deles irem para a greve ou uns são filhos e outros enteados.

  9. Notícia do dia 3 de maio passado neste mesmo espaço noticioso: “Governo aponta para um período de cinco anos e a Fenprof para três.” – podem pesquisar e confirmar.
    Notícia de hoje, dia 22 de maio: …”será recuperado totalmente em pouco menos de 3 anos…”; Mário Nogueira e a FENPROF não assinaram.
    Tirem as vossa conclusões, por favor.

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  10. Este energúmeno é um procura-tachos… quer agora que o Governo AD faça tudo num ápice… e muito tem cumprido, em quase dois meses. Não entendo a fúria dos vermelhos, pois o anterior Governo não fui, NUNCA, amigo dos professores, e de outros trabalhadores tão exoneráveis…
    Que miséria de gente…!

  11. Os lambe-botas da AD e do governo, aqui, a mandarem umas bocas foleiras e ignorantes, atacando uma pessoa a quem nunca chegarão aos calcanhares.

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