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Professores denunciam falhas graves na correção do exame de Português

Wilson Dias / ABr

A Associação Nacional de Professores de Português (ANPP) põe em causa o processo de classificação dos Exames Nacionais de Português do 12º ano, considerando que a aplicação dos critérios de avaliação não foi uniforme e que pode ter prejudicado alguns alunos.

Rosário Andorinha, que integra a ANPP, refere à Rádio Renascença que a avaliação feita “não garante, com rigor” a igualdade entre todos os estudantes, o que põe em causa a justiça das classificações, nomeadamente entre alunos que concorrem aos mesmos cursos do Ensino Superior com as notas do Exame.

A ANPP menciona falhas graves, considerando que os professores que procederam à classificação não tiveram acesso à mesma informação e que, perante as dúvidas que lhes surgiram, tiveram dificuldades em esclarecê-las.

Rosário Andorinha frisa ainda na Renascença que é “uma falácia” dizer que os professores que classificaram os exames foram alvo de supervisão durante o processo.

O Público noticia que muitos desses professores nunca tinham tido nenhuma experiência semelhante e que não receberam qualquer formação específica para o processo de avaliação.

Contactado pelo jornal, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que gere a bolsa dos docentes que procedem às classificações, admite eventuais problemas, mas refuta que tenham ocorrido com os professores, garantindo que estes receberam a devida informação e no tempo certo.

O prazo para que os alunos possam solicitar a consulta dos exames, para poderem eventualmente contestar a nota dos mesmos, termina nesta quarta-feira.

ZAP

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