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Professor que fazia vídeos em cuecas demitido e expulso da Função Pública

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CC0 / Pixabay

Dez meses após ter sido suspenso, o professor da Escola Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, Porto, que publicava vídeos em cuecas no YouTube, foi demitido. E fica impedido de trabalhar na Função Pública.

O processo disciplinar aberto ao professor Manuel Ribeiro terminou com a sua demissão, conforme avança o Jornal de Notícias (JN).

O docente de Economia e Direito estava colocado na Escola Secundária Eça de Queirós (ESEQ), na Póvoa de Varzim, mas pertencia ao quadro da Escola Secundária Rocha Peixoto, na mesma cidade do distrito do Porto.

Agora, fica impedido de dar aulas e não poderá voltar a trabalhar na Função Pública, como avança o JN.

O caso foi despoletado por várias queixas de pais depois de terem tido conhecimento de que o professor dava aulas com a máscara no queixo em plena pandemia de covid-19 e de que se gabava, perante os alunos, de não estar vacinado contra o coronavírus.

Além disso, publicou diversos vídeos num canal de Youtube, onde aparecia em cuecas, nu, sentado no bidé ou a lavar-se, e a dizer frases de cariz sexual.

Manuel Ribeiro foi suspenso após a abertura de um processo disciplinar. No seguimento da investigação da Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), o Ministério da Educação demitiu o professor.

Professor lamenta “decisão fascista e absurda”

A decisão não é passível de recurso, mas o docente garante que vai pedir uma indemnização “por todos os prejuízos sofridos” e lutar pelo seu direito “à liberdade de informação, de expressão, de ensinar e aprender, de duvidar e questionar e de pensar e ser diferente”.

Nada fiz de ilegal e de incorrecto. Se esta decisão fascista e absurda não for revogada irei obviamente recorrer aos tribunais”, diz Manuel Ribeiro em declarações ao JN.

O professor queixa-se de uma “decisão fascista e absurda”, baseada em “falsidades e preconceitos”.

“Não são vídeos obscenos”, mas “puras brincadeiras teatrais e musicais”, aponta ainda o docente de 64 anos que diz ter 35 de profissão.

Além disso, “o Youtube é um canal privado e só vê quem quer”, aponta.

ZAP //

10 Comments

    • Como chegou a esta conclusão?
      Nunca vi ninguém do Chega ou de outro partido português nestas figuras!
      Claramente o professor precisa de psiquiatria…

  1. “O docente de Economia e Direito estava colocado na Escola Secundária Eça de Queirós (ESEQ), na Póvoa de Varzim, mas pertencia ao quadro da Escola Secundária Rocha Peixoto, na mesma cidade do distrito de Braga.”
    Vejam lá essa geografia. Ambas as escolas são da Póvoa de Varzim, DISTRITO DO PORTO.

  2. Vamos ver: «(….) de cuecas, nu, sentado no bidé ou a lavar-se(…)» isto, por si só, não constitui qualquer ilícito; já as frases de cariz sexual, depende das frases, porque a sexualidade nasce e morre com cada um de nós. A propaganda dada aos atos, nomeadamente no Youtube, isso sim, pode constituir um ilícito, se ferir a sensibilidade, for contra os bons costumes e causar danos socialmente relevantes, nomeadamente a menores. Mas isto tem de ser provado em julgamento e não decretado por uma inspeção geral, seja a da educação ou outra qualquer. A IGEC poderia suspender o professor, apresentar queixa no Ministério Público, mas nunca banir o professor. Parece haver usurpação de funções e cabe dizer «(…) ao Direito o que ao Direito pertence. Que ninguém se ponha à frente do escrutínio dos tribunais. Ponham os olhos no caso de Famalicão em que o pai, com um a lucidez diga de registo, levou o caso a tribunal e a julgamento de portas abertas.

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