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“Breaking Bad”: professor japonês incentiva alunos a produzir ecstasy

Um professor universitário japonês pode apanhar até dez anos de prisão depois de, alegadamente, incentivar os alunos a produzir ecstasy, num eco à série televisiva norte-americana “Breaking Bad”, informaram as autoridades na passada quarta-feira.

Segundo o Raw Story, as autoridades suspeitam que o homem de 61 anos, professor de farmacologia na Universidade de Matsuyama, no oeste Japão, induziu os seus alunos a produzirem MDMA – conhecido como ecstasy -, em 2013, e a substância 5F-QUPIC, no ano passado.

À France-Presse, um funcionário do Ministério da Saúde local contou que o professor disse aos investigadores que pretendia promover a “educação” dos estudantes de ciências farmacêuticas. O ‘ecstasy’ supostamente produzido não foi encontrado e terá sido descartado, acrescentou o funcionário, que preferiu permanecer no anonimato.

De acordo com a lei japonesa, um investigador necessita de uma licença emitida por autoridades regionais para fabricar narcóticos com fins académicos. Caso seja condenado, o professor poderá enfrentar dez anos de prisão.

A droga sintética MDMA atua como um estimulante e alucinogénico, sendo o principal ingrediente do ecstasy, dando aos utilizadores uma sensação elevada de energia, empatia e prazer. Recentemente, tem sido usado em pesquisas que exploram a sua eficácia no tratamento do transtorno de stress pós-traumático.

O 5F-QUPIC, também conhecido como 5F-PB-22, é uma droga semelhante à cannabis, que foi proibida no Japão em 2014, após suspeitas de causar acidentes de trânsito.

Não está claro se houve outras semelhanças entre o caso do professor da Universidade de Matsuyama e o de Walter White, o herói fictício de “Breaking Bad”.

Walter White, interpretado pelo ator Bryan Cranston, era um ex-professor de química diagnosticado com um cancro de pulmão inoperável, que começou a fabricar metanfetamina para pagar o seu tratamento e sustentar a sua família, com a ajuda de um ex-aluno.

TP, ZAP //

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