O deputado do CDS apresentou documentos que provam que mora em São João da Madeira e que não estava a usar uma morada falsa para receber os subsídios de deslocação. João Almeida lamenta o “desperdício de meios” da justiça no caso.
Segundo avança o Público, o processo sobre a alegada morada falsa do centrista João Almeida foi arquivado. O deputado do CDS confirmou a informação ao jornal.
O processo baseava-se numa suspeita de que João Almeida vivia em Oeiras e estava em causa o crime de peculato. O deputado mostrou documentos onde provou que vive em São João da Madeira, pelo que não recebeu abusivamente as despesas de ajuda à deslocação no período de três anos, como acusava o Ministério Público.
O caso foi arquivado quatro dias depois de ser ouvido, há cerca de quinze dias. Almeida mostrou a acta de conferência de divórcio e o cartão de cidadão. “Houve erros grosseiros. Bastava lerem os documentos a que podiam ter acesso. São públicos”, lamentou João Almeida.
O antigo porta-voz do CDS considera diz também que “houve desperdício de meios” da justiça pois era possível esclarecer o caso sem ter de ser levantada a imunidade parlamentar, dado já existirem documentos a provar que não morava em Oeiras desde Janeiro de 2016.
João Almeida, que não se vai recandidatar ao parlamento, também criticou a demora de sete meses no processo e sublinha que foi candidato autárquico em São João da Madeira no período em que o caso esteve aberto.
Os deputados Elza Pais, Fernando Anastácio, Nuno Sá e Sónia Fertuzinhos, do PS; Carla Barros, Duarte Pacheco, Paulo Neves e Pedro Roque, do PSD também já tiveram a imunidade parlamentar levantada por suspeitas de indicarem moradas onde não vivem realmente para poderem receber os subsídios de deslocação mais altos.
Sim, sim… gostava de ver esses “documentos” para os avaliar.
Receber facturas numa morada em S M Feira não prova que viva lá diáriamente…