Inglesa processa escola que obriga o filho a usar colete “para professores saberem que é autista”

(dr) Joanne Logan

Carlie Logan com a mãe, Joanne

Uma mãe inglesa abriu um processo legal contra uma escola primária que obrigou o seu filho de sete anos a usar um colete amarelo fluorescente, “para os professores saberem que ele é autista”.

Joanne Logan é a mãe de Charlie, uma criança de sete anos que sofre de autismo, e que foi obrigada pela escola a usar um colete amarelo fluorescente para que se soubesse que era autista. Joanna leva agora a Escola Primária Cherry Lane para tribunal.

Segundo o Daily Mirror, apesar de não ser possível pedir uma indemnização neste caso, a britânica espera que o ajude outros pais a criarem filhos com necessidades especiais. “Eu só quero ter certeza de que nenhuma criança autista precisa de passar por aquilo que nós passamos”, disse ela.

A escola primária situada em Londres tem mais de 700 alunos e Charlie era um dos alunos do primeiro ano. Logan tem cinco filhos autistas, dois dos quais adultos. “Muitas pessoas disseram-me que tiveram situações semelhantes. O facto de perceber que é diferente, pode afetar uma criança à medida que ela cresce”.

A britânica defende que é necessário lutar por mudanças e que estes casos têm de ser desafiados. Logan descreve as ações da escola como “repugnantes” e “discriminantes“. Charlie contou à mãe, em fevereiro do ano passado, que a escola o obrigara a usar um colete fluorescente.

Isto não é justo, é uma enorme discriminação“. A mãe admite que o professor de Charlie talvez tenha referido o uso desse colete anteriormente, mas que na altura não pensou muito sobre o assunto.

https://www.facebook.com/jo.w.logan/videos/10218585054358118/

Apenas caiu na realidade quando o filho de sete anos lhe contou. “Os meus professores disseram que eu tenho de usar um colete para que eles saibam onde estou no intervalo”, disse a criança, citada pelo Daily Mail.

Apesar de admitir que Charlie já foi acusado de magoar as outras crianças durante o intervalo, Logan defende que esse problema tem de ser resolvido de outra forma, num trabalho conjunto entra a mãe e a escola.

Joanne Logan mostrou-se revoltada com o facto de não ter conhecimento que o filho usava um colete fluorescente. Por outro lado, a escola alega que a mãe tinha sido informada previamente em relação ao uso do colete.

Na altura, o professor Stephen Whitehouse disse à britânica que “o colete serve apenas para emergências médicas, para que as funcionárias da cantina possam rapidamente ver as crianças que precisam de cuidados especiais” — como é o caso de Charlie. “Isto não é algo habitual, é uma medida preventiva“, acrescentou.

ZAP //

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