Rodrigo Antunes / Lusa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
O ex-militar de 40 anos que foi detido por ameaças de morte ao Presidente da República ficou em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, que vai cumprir na ala psiquiátrica do hospital prisional de Caxias.
Segundo apurou a CNN Portugal, o antigo oficial do Exército passou a última noite tranquilo, não oferecendo qualquer resistência. Deu entrada nos calabouços da PJ de Lisboa na tarde de terça-feira, tendo ficado isolado na cela.
De acordo com o jornal, o seu comportamento foi considerado calmo, desinteressado e apático, estando o detido medicado.
Considerado perigoso, especialista em armas e com antecedentes por crimes violentos e posse de armas proibidas, é suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida.
As ameaças dirigidas a Marcelo chegaram em outubro à Casa Civil, através de uma carta com uma exigência de pagamento de um milhão de euros, indicando o número de uma conta bancária para onde deveria ser feita a transferência, e o aviso de que se tal não ocorresse num curto espaço de tempo o Presidente seria morto a tiro.
Na altura das ameaças, Marcelo não estava na residência oficial.
Dentro do envelope seguia ainda uma bala. A carta e a bala foram remetidas para a Unidade de Contraterrorismo da PJ e sujeitas a perícias no Laboratório de Polícia Científica.
A PJ seguiu o rasto dos indícios e, passados três meses, chegou ao autor da ameaça, que foi localizado e detido. Foi ainda feita uma busca à sua residência e apreendidos vários elementos de prova.
