As medidas incluem a cobrança dos custos de segurança aos manifestantes e a punição de pais cujos filhos participem em protestos.
Os novos protocolos de segurança anunciados por Patricia Bullrich, ministra da Segurança do novo Governo de Javier Milei, estão a gerar preocupação entre a oposição e grupos de direitos humanos na Argentina.
Estas diretrizes visam reprimir os protestos que se antecipam em resposta às recentes medidas económicas do Governo, incluindo a drástica desvalorização da moeda do país em mais de 50%.
Sob o novo protocolo, indivíduos e organizações que participem em protestos serão identificados por meios manuais e digitais e subsequentemente cobrados pelos custos da mobilização das forças de segurança para policiar as suas manifestações.
Esta medida é vista como uma tentativa de conter a forma tradicional de protesto conhecida como”‘piquete”, onde os manifestantes bloqueiam estradas e autoestradas da cidade por períodos prolongados, explica o The Guardian.
Bullrich defendeu as diretrizes, afirmando que era hora de acabar com a “extorsão sofrida pelos cidadãos” devido a tais protestos. “O Estado não vai pagar pelo uso das forças de segurança; as organizações que têm um estatuto legal terão que pagar ou os indivíduos terão que arcar com os custos”, disse.
No entanto, grupos de direitos humanos e membros da oposição criticaram estas medidas, considerando que são um ataque à liberdade de expressão e um esforço para criminalizar o direito ao protesto.
Myriam Bregman, legisladora de esquerda e ex-candidata presidencial, classificou o anúncio de Bullrich como “absolutamente inconstitucional“, enfatizando que o direito ao protesto é fundamental.
José Luis Espert, legislador do partido de Milei, respondeu a Bregman com três palavras: “Prisão ou bala”.
“O Governo procura suprimir o protesto público contra os efeitos das medidas oficiais. As medidas atacam o direito de protestar e criminalizam aqueles que se manifestam e perseguem organizações sociais e políticas”, declara ainda o Centro de Estudos Legais (CELS), que critica ainda a decisão de punir pais de crianças que participem em protestos.
O novo protocolo também autoriza a polícia em estações de comboio e autocarros a confiscar itens como máscaras e paus, que considerem que podem ser usados em manifestações. Além disso, impõe restrições à participação de adolescentes em protestos sociais.
Houve ainda quem lembrasse a participação de Bullrich em protestos contra os confinamentos, questionando a legitimidade da sua posição atual sobre a proibição de manifestações.
O pano de fundo destas medidas rigorosas é a turbulência económica que a Argentina enfrenta. O programa económico de Milei, que inclui cortes em massa aos salários e a abolição do Banco Central da Argentina, surge numa hiperinflação galopante. As taxas de inflação atingiram níveis alarmantes, com o próprio Milei a apontar uma taxa de inflação diária de 1%, o que equivale a uma taxa anual de 3.678%.
A Argentina não tem remédio. Insistem em sair do espeto para cair na brasa. Agora decidiram eleger este anormal, e vão pagar caro por isso.
Uma inflação acima de 100% ao ano,. Isto dura há décadas.
São décadas de irresponsabilidade monetária. O povo disse que estava farto.
Tem melhor solução?
A maioria do povo está com Milei. Apostou na mudança. Rejeitou o modelo com mais de 20 anos que levou a Argentina ao êxito da actualidade, inflação, fome, pobreza…
O que vale, agora vem a ditadura e tudo fica bem!..
Para os comilões e tachos..
É o que vai acontecer com Portugal quando o Ventura for eleito!!!
Estes Comunas Argentinos sao muito sensiveis…, e caloteiros, afinal de contas, a nova Lei nao proibe ninguem de se manifestar, o que a Lei diz e que os manifestantes tem de pagar os custos dos disturbios que causaram, responsabilizar os Pais pelos seus filhos adolescentes que se manifestam, que eu saiba, o Macron fez o mesmo durante os tumultos em Paris, apreender mascaras usadas nas manifestacoes, em qualquer Pais civilizado os manifestantes estao proibidos de se manifestarem com a cara coberta, para poderem ser identificados quando cometem crimes, resumindo, os Comunas queriam continuar impunemente a causar disturbios na Sociedade Argentina, e o restante Povo a pagar a fatura!!!!!!.