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Princesa italiana disputa herança de mil milhões com a Universidade de Nova Iorque

Após uma batalha judicial de 25 anos, uma princesa italiana conseguiu provar a sua ascendência graças a um testes de ADN, podendo vir a receber parte de uma herança avaliada em cerca de mil milhões de dólares.

Em causa está a herança do escritor britânico Harold Acton, que faleceu em fevereiro de 1994, na luxuosa Villa Pietra, na cidade italiana de Florença, onde também nasceu.

Tal como conta o The Telegraph, o escritor deixou a propriedade em que vivia e que pertencia ao seu pai, Arthur Acton, um colecionador e comerciante bem sucedido, à Universidade de Nova Iorque (NYU), nos Estados Unidos. A propriedade inclui cinco pequenas vilas, 23 hectares de jardim e uma vasta coleção de arte.

Atualmente, toda a propriedade, bem como a coleção de arte espalhada pela vila, são usadas pela universidade norte-americana para fins educacionais.

Após a morte de Acton, uma italiana chamada Liana Beacci começou a tomar medidas judiciais para conseguir o que acreditava ser o seu legado. Beacci alegava ser a filha secreta de Arthur Acton, pai do escritor falecido em 2018, que teria tido uma caso com a sua secretária Ersilia Beacci. Recentemente, um teste de ADN confirmou isso mesmo.

Liana Beacci avançou com um processou contra a NYU, mas morreu em 2000, não tendo conseguido resolver o assunto até então. O processo continuou depois a ser movido pela sua filha, a princesa italiana Dialta Alliata Lensi Orlandi que, graças a um teste de ADN, conseguiu vencer uma batalha legal de 25 anos, provando a ascendência da sua mãe.

Agora, a princesa italiana reivindica o que, segundo explicou, Liana deveria ter herdado: metade do legado do seu pai, que é avaliado em quase mil milhões de dólares.

“Não preciso de dinheiro, vivo no luxo. É simplesmente uma questão de princípio”, disse a princesa em declarações à Page Six. A herdeira é casada com um rico colecionador de arte italiano, e já disse que apenas está interessada nas obras de arte do seu avó, e não na vila descrita como a “jóia da coroa do Programa Global da Universidade de Nova Iorque”.

Por sua vez, o porta-voz da universidade norte-americana, John Beckman, disse que “é importante notar que esta decisão está relacionada a uma questão de paternidade e não às reivindicações de herança, que permanecem ainda perante o tribunal”.

Apesar de só a paternidade ter sido provada, a princesa italiana diz ter “100% certeza” de que os tribunais vão também dar à sua mãe, postumamente, uma parte igual das mais de 6 mil obras de arte, vestidos franceses, cerâmicas chinesas e móveis barrocos.

Tal como recorda a Bloomberg, a legislação italiana sobre heranças considera ilegal a discriminação contra crianças nascidas fora do casamento.

ZAP //

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