A Jordânia confirmou na quinta-feira os primeiros doentes com covid-19 no maior dos campos de refugiados que abriga, a poucos quilómetros da fronteira com a Síria, dois dias depois de ter descoberto os primeiros casos entre os refugiados sírios que vivem em campos no país.
Segundo noticiou na quinta-feira o Público, no campo de refugiados Zaatari uma síria e dois funcionários jordanos testaram positivo para a covid-19. Já em Azraq, o menor desses campos, há dois sírios infetados. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), informou que esses casos estão isolados e os seus contactos a ser rastreados.
Já houve casos positivos entre os mais de 650 mil sírios na Jordânia, registados, contudo, em conjunto com os outros 2739 infetados desde 02 de março, numa população de quase dez milhões. No campo de Zaatari vivem 77 mil refugiados.
Cerca de 12 milhões de sírios (de uma população de 22 milhões) deixaram o seu país, com quase seis milhões tornados refugiados: na Turquia são 3,6 milhões e no Líbano mais de um milhão. Desde março a ONU e muitas organizações não-governamentais alertam para os riscos da pandemia entre estas populações.