O primeiro-ministro da Arménia anunciou a demissão, este domingo, continuando a exercer o cargo de forma interina até às eleições legislativas de junho, adianta a agência France-Presse.
“Demito-me hoje do meu cargo de primeiro-ministro”, anunciou Nikol Pashinian na sua página de Facebook.
A Arménia encontra-se num impasse político desde a derrota no conflito com o Azerbaijão, no outono de 2020, no qual disputavam o controlo do enclave de Nagorno-Karabakh.
O país tem eleições legislativas marcadas para dia 20 de junho. Até lá, o primeiro-ministro demissionário vai manter-se no cargo de forma interina.
A demissão acontece um dia depois o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter reconhecido o massacre de 1,5 milhões de arménios pelo Império Otomano, em 1915, como “um genocídio”.
Pachinian saudou a decisão histórica do Presidente norte-americano, tendo-lhe agradecido pela “medida muito forte em termos da justiça e da verdade histórica”, que oferece um “apoio inestimável aos descendentes das vítimas do genocídio arménio”.
O reconhecimento do genocídio constitui “um exemplo encorajador para todos que querem construir uma sociedade internacional justa e tolerante”, adiantou ainda o chefe do governo arménio.
ZAP // Lusa