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Cientistas criam o primeiro lagarto mutante geneticamente modificado

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Uma equipa de cientistas da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, conseguiu criar o primeiro lagarto geneticamente modificado recorrendo à técnica de edição genética CRISPR.

No novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Cell Reports, a equipa explica que a técnica de CRISPR consiste numa série de “tesouras moleculares” capazes de inserir, remover, modificar ou substituir partes de ADN do genoma de um organismos vivo.

Outros cientistas tinham já utilizado este método para modificar o ADN de mamíferos, peixes, pássaros e anfíbios, mas esta foi a primeira vez que a técnica CRISPR foi aplicada em répteis. Os especialistas enfrentavam dificuldades com a edição genética neste tipo de animais devido à forma como estes se reproduzem. Ao contrário dos outros animais, os répteis fertilizam os seus óvulos em momentos imprevisíveis.

Para a nova investigação, escreve o jornal britânico Daily Star, a equipa inserir algumas modificações ao método, permitindo assim que esta limitação fosse superada.

Os cientistas injetaram reagentes CRISPR em óvulos não fertilizados em ovários de lagartos. Quando os ovos eclodiram, aproximadamente metade dos lagartos mutantes herdaram genes da mãe e do pai com o ADN modificado.

Os cientistas escolheram levar a cabo a edição genética num o animal albino, uma vez que esta é uma mutação não prejudicial ao espécime.

Além disso, e tendo em conta que os humanos com albinismo têm, por norma, problemas de visão, os cientistas esperam ainda utilizar os lagartos modificados para estudar como é que a perda deste gene afeta o desenvolvimento da retina.

Após esta edição genética bem sucedida, os  geneticistas planeiam agora usar esta mesma técnica noutros animais e esperam poder ajudar a curar doenças e prolongar a esperança de vida humana.

ZAP //

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