No crédito à habitação, os contratos revistos no próximo mês voltam a registar aumentos significativos – mas menores do que em meses anteriores.
As taxas Euribor definem o valor dos juros, por exemplo, no crédito à habitação em Portugal.
Com recordes sucessivos desde 2022, em Setembro a prestação da casa voltará a subir para muitos portugueses.
Os empréstimos dos bancos a 12 meses são os mais utilizados em Portugal e serão precisamente os que vão registar maior subida no próximo mês: 230,92 euros, mais 40% do que há um ano.
Ou seja, em vez dos 573 euros que pagava há um ano, o cliente passa a pagar 804 euros ao banco, todos os meses.
Nos contratos a seis meses, o valor sobe 70,97 euros. A prestação mensal passa a ser de quase 799 euros.
O prazo mais curto, os empréstimos a três meses, registará uma subida de 36,82 euros, passando para quase 785 euros por mês.
Estes números da DECO, partilhados pelo Dinheiro Vivo, são relativos aos empréstimos de 150 mil euros a 30 anos, indexado ao prazo mais alargado e com um spread de 1%.
São aumentos significativos, mas longe dos 300 euros verificados já neste ano, por exemplo em Março e em Abril.
Neste mês, Agosto, todos os empréstimos registaram subidas maiores do que as que se prevêem para Setembro: 257 euros a 12 meses, 95 euros a seis meses e 45 euros nos créditos a três meses.
A média da Euribor está a estabilizar: a 12 meses, será 4,070% – e foi 4,149% em Julho. Será a primeira descida neste novo ciclo económico.
Apesar desta aparente estabilização, só no próximo ano as prestações da casa devem deixar de subir.