Motim numa prisão na Síria, logo após o primeiro sismo, originou a fuga de pelo menos 20 pessoas – a maioria são membros do Estado Islâmico.
Os sismos fortes que ocorreram na segunda-feira, que atingiram Turquia e Síria, são o maior drama actual na Europa/Ásia.
O maior sismo naquela região nos últimos 83 anos – magnitude 7.8 na escala de Richer – já causou pelo menos 16 mil mortos.
A grande maioria morreu na Turquia: quase 13 mil falecidos, enquanto mais de 3 mil morreram na Síria.
Foi na Síria que se registou outro problema, longe da contabilidade de vítimas: a fuga de reclusos.
A Agência France-Presse relata que, na segunda-feira, logo após o primeiro sismo, houve um motim numa prisão na Síria.
Muitos reclusos aproveitaram a agitação, tomaram conta de partes do estabelecimento prisional e mais de 20 detidos conseguiram fugir – e a maioria são membros do Estado Islâmico.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos ainda não confirmou que os prisioneiros fugiram mesmo, mas revelou que houve um motim.
A prisão localiza-se em Rajo, uma cidade perto da fronteira com a Turquia, e tem cerca de 2 mil reclusos; mais de metade são acusados de serem combatentes do Estado Islâmico.
O edifício foi também danificado, com paredes e portas rachadas.
Há dois meses, o Estado Islâmico atacou outra prisão, em Raqqa, precisamente para tentar a fuga de jihadistas.
Holandeses sem bandeiras
Noutro contexto, mas ainda relacionado com o sismo e com a Síria, há municípios nos Países Baixos que não têm bandeiras da Síria a meia haste, tal como acontece noutras cidades do país europeu, num gesto de solidariedade com a população local.
Mas há um motivo: são os próprios refugiados sírios que vivem nos Países Baixos que estão a pedir para a bandeira não ser colocada.
Os refugiados explicam que, na sua opinião, aquela bandeira é sinónimo do “regime brutal de Bashar al-Assad“, contou o município de Helmond, no portal NL Times.
Nesses locais, só aparece a bandeira da Turquia, também a meia haste.
Os Países Baixos vão ajudar a Síria com 10 milhões de euros, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros local.