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Presidente do Turismo do Norte detido por suspeitas de corrupção

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Tiago Henrique Marques / Lusa

Melchior Moreira, presidente do Turismo do Norte, dois outros dirigentes da mesma entidade e dois empresários foram esta quinta-feira detidos pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, por suspeitas de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio.

A Polícia Judiciária deteve, esta quinta-feira, cinco pessoas e realizou buscas em entidades públicas e sedes de empresas no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública no valor de vários milhões de euros.

Em comunicado, a PJ refere que os cinco detidos no âmbito da designada operação “Éter” estão indiciados por crimes de corrupção e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.

“A investigação, centrada na atividade de uma pessoa coletiva pública, determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular, assinala a PJ.

Além de Melchior Moreira, presidente do Turismo do Norte, foram detidas mais duas pessoas associadas ao Turismo Porto e Norte de Portugal, além de dois empresários, avança o Correio da Manhã.

A 20 de junho, a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto tinha anunciado a constituição de cinco arguidos numa investigação à atividade desenvolvida por uma “entidade ligada à promoção do turismo”, que se confirmou ser o Turismo Porto e Norte, por alegados crimes de corrupção, peculato e abuso de poder.

Contactado pela Lusa nessa altura, Melchior Moreira manifestava-se de consciência tranquila e disponível para prestar todas as informações que lhe forem solicitadas. “Estou de consciência tranquila. Vou prestar todas as informações e toda a ajuda que me for solicitada, para esclarecer a situação e defender o meu bom nome e da entidade.”

Na operação policial, tornada publica esta quinta-feira, realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo e estiveram envolvidos 50 elementos da Polícia Judiciária, incluindo inspetores, peritos informáticos e peritos financeiros e contabilísticos.

A investigação prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance. Os detidos, com idades compreendidas entre os 42 e os 54 anos, sendo três dirigentes de entidade pública e dois empresários, vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

 

// Lusa

1 Comment

  1. Será que existe algum setor de atividade neste país que ñ esteja minado pela corrupção???
    Como é possível num país tão pequeno haver tanto gatuno??
    Portugal deve ser um dos países com mais corruptos por m2

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