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Preferimos irracionalmente os números redondos (mesmo quando os exatos nos favorecem mais)

Uma nova investigação levada a cabo nos Estados Unidos concluiu que o Homem tem uma preferência irracional por números arredondados, optando por estes mesmo em situações em que os números exatos o favorecem mais.

Prefere uma promoção de 20% ou de 21,24%? Segundo a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Organizational Behavior and Human Decision Process, o Homem tenderia, neste caso, a escolher a primeira opção, apesar de a segunda ser mais benéfica para si.

A investigação revelou que as pessoas fazem uma pausa para pensar no número exato devido à sua singularidade e, como não é fácil de entender, tendem a compará-lo com um padrão fácil de entender, com o 100% – por isso, preferem números redondos.

Como o número redondo não corresponde ao ideal, as pessoas acabam por o percecionar de forma negativa, sugerem os cientistas na nova investigação.

“Os números têm linguagem e fornecem informações não numéricas“, explicou Gaurav Jain, economista comportamental do Instituto Politécnico Rensselaer em Nova Iorque, nos Estados Unidos, que liderou o estudo, citado em comunicado.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas levaram a cabo um procedimento experimental que envolveu mais de 1.500 participantes e seis conjuntos de dados, visando avaliar a forma como é que as informações são percecionadas usando números exatos ou redondos.

“Gestores e autoridades de saúde pública devem ter cuidado ao usar números não arredondados, uma vez que o uso desta abordagem nas comunicações pode diminuir as avaliações subjetivas do alvo nos atributos associados”.

ZAP //

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