A EDP e a Iberdrola já confirmaram que vão avançar com aumentos nas contas da luz no próximo ano. Outras empresas estão a aguardar pelo documento final das tarifas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Os aumentos dos preços da energia no mercado grossista vão levar a subidas nos preços do mercado liberalizado. Segundo o Diário de Notícias, a saída de três empresas que levou à transferência dos seus clientes para o mercado regulado e a subida das tarifas são as causas do aumento nos preços que se antecipa que vá acontecer em Janeiro.
Só a EDP Comercial confirma que vai rever os preços em 2,4% ou 90 cêntimos por mês, mas o jornal avança que a Iberdrola também está a enviar cartas e emails aos clientes para os informar da subida das tarifas. No entanto, ainda não se sabe qual vai ser o aumento médio devido às variedades de cada contrato e potência.
A Iberdrola que há a possibilidade de denúncia do contrato “na forma e prazos previstos” ou então de negociação do valor. O DN contactou outras empresas do mercado livre: a Galp não fez comentários e a Goldenergy respondeu que os preços para 2022 ainda não estão fechados.
Já a Endesa afirmou que a decisão ainda está pendente visto que o “mercado está muito volátil“. “A semana passada houve um abrandamento dos preços, mas esta semana, em três dias, o MIBEL aumentou 40 euros/MWh e no mercado de futuros [onde se fazem contratos de longo prazo com preços mais baixos] estavam a fixar-se preços de 200 euros/MWh”, assinalou Nuno Ribeiro da Silva o presidente da empresa.
O presidente da Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado (ACEME), Ricardo Nunes, refere que as empresas associadas estão à espera do documento final das tarifas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que sai a 15 de Dezembro.
A proposta da ERSE para os preços regulados em 2022 também mostra que as tarifas de acesso às redes pagas pelos comercializadores e que se reflectem nas contas da luz vão ter um corte inédito de mais de 50% para os clientes domésticos. No entanto, as fontes do sector afirmam que a redução não chega para evitar aumentos devido às subidas também inéditas dos preços grossistas.