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Aumento de preços dos combustíveis também afeta PSP. Já há agentes sem dinheiro para ir trabalhar

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O aumento sucessivo do preço dos combustíveis está a criar dificuldades a quase todos os sectores de actividade, incluindo a Polícia de Segurança Pública (PSP). O Sinapol – Sindicato Nacional da Polícia denuncia que já há agentes com dificuldades em deslocarem-se para o trabalho nos seus carros particulares.

“O Sinapol tem recebido, nos últimos dias, vários contactos de elementos policiais, a informar que estão a esgotar a sua capacidade financeira para fazer face à necessidade de abastecer as suas viaturas particulares”.

A denúncia surge, num comunicado, numa altura em que muitos portugueses se queixam dos preços dos combustíveis.

Já há polícias com dificuldades em pagar o combustível das suas viaturas particulares, para se deslocarem até às esquadras onde trabalham. Assim, a situação pode comprometer a “segurança pública”, como alerta o Sinapol que evidencia que há “o risco eminente” de os agentes “não se conseguirem deslocar para as respectivas esquadras ou unidades policiais”.

O Sindicato dá o exemplo de um polícia que vive em Oeiras e que faz, diariamente, cerca de 60 quilómetros para ir para a esquadra de Moscavide, onde trabalha. Com um ordenado de cerca de mil euros, este agente “gastava 180 euros por mês para atestar o depósito do seu carro, mas, após a escalada do preço dos combustíveis, já investiu 350 euros em gasolina que não chegará até ao próximo dia 31″, aponta o Sinapol citado pelo Jornal de Notícias (JN).

Outro caso evidenciado pelo Sindicato é de um polícia que vive na zona de Castelo Branco e que precisa de percorrer 80 quilómetros diários para ir trabalhar, e nem sequer pode recorrer a transportes públicos, pois na aldeia onde vive não existem.

Os agentes da PSP têm direito a um passe social para usar em transportes públicos. Mas “uma vasta maioria dos polícias está impossibilitada de o usar, seja por questões de horários de funcionamento dos ditos transportes públicos”, ou porque, na maioria do país, “não existe uma rede de transportes públicos eficaz e que garanta a sua utilização durante as 24 horas do dia”, aponta ainda o Sindicato.

Assim, o Sinapol pede ao Governo para actuar “urgentemente”, “porque se nada for feito no imediato existe a forte probabilidade de alguns elementos policiais não terem a capacidade de comparecerem ao trabalho”, alerta.

O Sindicato defende que o Governo e a Direcção Nacional da PSP devem “compensar monetariamente os elementos policiais, no sentido de os auxiliar com as despesas de combustível”. “Ou então, podemos voltar a outros tempos, quando viaturas da PSP recolhiam os elementos policiais em locais pré-determinados e os faziam transportar às suas unidades”, vinca o Sinapol citado pelo JN.

Uma das medidas possíveis é uma “comparticipação remuneratória de deslocação“, como refere o Sinapol, para ajudar com as despesas nas viagens entre a residência e o trabalho.

ZAP //

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6 Comments

  1. Estranhamente quando o petróleo sobe os combustíveis sobem logo( a regra do que entra primeiro sai primeiro não se aplica) mas quando desce o petróleo os combustíveis nunca mais descem com a desculpa de que o petróleo que entrou primeiro é o que sai primeiro e portanto ainda não podem descer já até entrar o petróleo que ficou mais barato e acabam por nunca mais descer, entidades para fiscalizar isto não há porque comem todos do mesmo tacho!

  2. De facto, Ana, ao que chegámos… Está tudo louco?
    Salvo raras exceções todos os trabalhadores necessitam de se deslocar para o seu local de trabalho. Em que é que os polícias são diferentes? Como é possível ser verdade o “exemplo” dado pelo sindicato de um agente que gastava 180 euros por mês e passou a gastar 350? Os combustíveis aumentaram mais na terra dele do que no restante território português? Este tipo de argumentação mentirosa é o que retira credibilidade aos sindicatos.
    O combustível está caríssimo, é verdade. Mas agora dar um subsídio aos policias por este motivo? E os restantes cidadãos que não são polícias? Tenham juízo!
    Sobre este tema o que faz sentido é baixar os impostos sobre os combustíveis!
    Já em relação aos polícias, o que faz sentido é aumentar o seu ordenado, dar condições condignas para exercerem a sua profissão e investir mais em formação.

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