Possível interruptor genético poderá dar-nos centenas de anos de vida

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E se pudesse haver uma espécie de interruptor genético que, quando desligado, nos permitisse viver entre cinco a 10 vezes mais? A pergunta pode parecer surreal, mas uma equipa de investigadores acredita que este pode ser um caminho para prolongar a vida.

Os cientistas do Instituto de Sistemas Complexos de Nova Inglaterra (NECSI) e do Instituto Wyss da Universidade de Harvard engendraram um novo modelo matemático da evolução que aborda o processo de envelhecimento de uma forma diferente da tradicional.

“A matemática que sustenta a nossa compreensão da evolução é fundamentalmente imperfeita”, consideram os autores do estudo.

De acordo com a sua análise, publicada esta semana no Physical Review Journal, o envelhecimento é mais uma demonstração de como as espécies evoluem de acordo com o ambiente envolvente do que uma característica inerente aos seres vivos.

Segundo diz Yaneer Bar-Yam, líder do NECSI e um dos envolvidos na investigação, “o modelo também supõe que haja mecanismos genéticos intrínsecos que limitam a expectativa de vida” e “intervir sobre eles pode prolongar a nossa longevidade de forma dramática”.

Os investigadores dizem ter encontrado provas desta ideia em várias espécies, nomeadamente no polvo, que morre depois de dar à luz e que pode viver mais tempo se lhe for removida a glândula óptica.

Detectaram também mutações genéticas em lombrigas que podem motivar o prolongamento das suas vidas em cinco vezes mais.

Apesar de tudo, os cientistas não conseguiram ainda confirmar qual é o mecanismo específico que permite prolongar a vida. Mas essa descoberta poderá estar para muito breve.

ZAP

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