Portugueses compram carros usados (e duvidosos) de França

3

Alemanha quase supera a França na preferência dos portugueses. E persistem os casos de falsificações e danos escondidos.

França pode ser inimiga habitual dos portugueses no mundo desportivo, sobretudo no futebol, mas é amiga habitual dos portugueses no mundo automóvel.

No momento de escolher o país de origem de um carro usado, a maioria dos portugueses prefere carros de França.

Segundo os dados da carVertical, 32,6% dos carros usados que os portugueses compram vêm de França. A Alemanha fica muito perto: 31,7% das preferências.

Não surpreende ver estes dois países no topo. Recorde-se que Peugeot, Renault e Citroën são marcas francesas; BMW, Opel, Mercedes e Volkswagen são marcas alemães, por exemplo.

Mais longe ficam Bélgica (16%), Países Baixos (7,4%) e Itália (5,2%), lê-se na informação enviada ao ZAP.

No entanto, muitos carros chegam com defeitos; sobretudo quilometragens falsificadas e danos escondidos. É um historial duvidoso, como descreve a empresa.

Os relatórios dos veículos adquiridos pelos utilizadores da plataforma em 2023 mostram que, dos carros que vieram de França, 3,3% tinham o conta-quilómetros alterado e 41,2% tinham sofrido danos.

Da Alemanha, 3,4% dos carros tinham o conta-quilómetros alterado e 22,8% tinham sofrido danos. Da Bélgica, 3,6% com quilometragem falsificada e 40,2% com danos.

Matas Buzelis, director de comunicação da carVertical, explica que “quando os veículos usados passam para proprietários em países estrangeiros, algumas informações – como o historial de manutenção ou o registo de quilometragem – podem ser alteradas, o que constitui um risco mais elevado”.

E fica um aviso: o comprador pode não perceber que está a comprar um carro importado – porque já estava registado no momento da compra e porque foi vendido como um veículo sem historial estrangeiro.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

3 Comments

  1. E de nada o sistema faz para não prejudicar quem os compra. Tenho um problema destes, vindo da Alemanha. Agora não sabe-se se foi da Alemanha o problema ou do stand. Mas acredito que é do stand, pois foi-me confessado que eles fazem manutenções em todas as viaturas. Imagina se não os fizessem, se calhar nem condições de sair do stand iriam.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.