/

Pelo menos 6% das portuguesas já foram vítimas de agressão física ou sexual

6

No dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, a Pordata compilou um conjunto de indicadores que retratam a situação da mulher, em Portugal e na União Europeia. 

Segundo o Eurostat e a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, em 2012 cerca de 330 mil mulheres passaram por agressões (considerando que a população feminina nesse ano era de 5.515.578). Este é um dos dados divulgado pela Pordata esta segunda-feira.

Ainda assim, os 6% estão abaixo da média da União Europeia, que se fixa nos 8%. No entanto, se a análise for feita para cada estado-membro, em países Bélgica, Dinamarca, França, Países Baixos e Suécia chegam aos 11%. No polo oposto, está a Eslovénia com 3%.

“Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, é a Igualdade de Género e é precisamente este o mote para a seleção de um conjunto de destaques estatísticos que mostram as diferenças entre homens e mulheres em diversas áreas da sociedade tais como a população, a educação e o trabalho”, refere a Pordata num relatório.

Escolaridade

“Portugal é o país com menor percentagem de homens com pelo menos o ensino secundário e, no caso das mulheres, apenas Malta apresenta um valor mais baixo“.

Contudo, nos últimos anos, há mais mulheres a concluírem o ensino secundário do que homens e a diferença entre géneros neste indicador tem-se acentuado. “Em 2019, esse valor sobe para 56,1% entre as mulheres e para 47% entre os homens”, pode ler-se.

As mulheres também se tornaram a maioria no que toca à formação superior e avançada. No ano passado matricularam-se nas universidades 214.731 mulheres e 182.178 homens. Também no final são mais elas que concluem o ciclo de estudos.

Apesar da maior formação, isto não se traduz necessariamente em melhores condições de emprego, pelo contrário.

“A taxa de emprego dos homens tem sido superior à das mulheres, embora a diferença entre sexos tenha registado uma redução até 2012, ano a partir do qual se fixou em torno dos 7 pontos percentuais. Nos últimos 5 anos, Portugal está entre os 14 países da UE27 que viram aumentar esta diferença na taxa de emprego entre homens e mulheres”.

Cerca de um quarto das mulheres portuguesas inativas em Portugal em 2019 estavam nesta situação devido a “responsabilidades familiares”, uma razão que no início do século era invocada por quase 40% dos casos. “Em contrapartida, esta justificação nunca superou os 4% entre os homens inativos.”

Há ainda profissões onde tipicamente a mulher não entra: é o caso das polícias e dos docentes do ensino superior.

Mulheres na política

Como avança o ECO, as mulheres representam 33% dos assentos nos Parlamentos nacionais da UE em 2020. Com 40% de mulheres, Portugal empata com Áustria e Dinamarca na quinta posição.

Portugal é um dos países da União Europeia (UE) com mais mulheres no Parlamento e no Governo. Os dados do Eurostat divulgados este domingo, véspera do Dia Mundial da Mulher, indicam que um em cada três membros dos Parlamentos e Governos da União Europeia são mulheres. Não há, no entanto, nenhum país que atinja a paridade.

A percentagem mais elevada (próxima de 50%) encontra-se na Suécia, seguindo-se a Finlândia (46%), Bélgica (43%) e Espanha (42%). Na ponta oposta estão a Hungria e Malta, ambos com apenas 13% de representação feminina no Parlamento. Com 40% de mulheres, Portugal empata com Áustria e Dinamarca na quinta posição.

Relativamente aos membros dos governos, também tem havido uma evolução positiva nos últimos anos no que diz respeito à percentagem de mulheres em cargos de ministras e secretárias de Estado.

A Finlândia tinha, no ano passado, a maior presença feminina, em 55% dos membros do Governo. Áustria (53%), Suécia (52%) e França (51%) tinham também mais mulheres do que homens. Também neste caso Portugal está acima da média, com 39% do Governo a serem mulheres. Já Malta (8%), Grécia (11%) e Estónia (13%) são os países no fim da lista.

Ana Isabel Moura, ZAP //

6 Comments

  1. Realmente há uma grande diferença no trabalho entre homens e mulheres. As mulheres não querem trabalhar nas “obras”! São sempre os homens a serem escravizados na construção civil! Já alguma vez viram uma mulher a meter sacos de cimento na betoneira?? Ou a aplicar betão projectado?? Isso! Elas querem é telemóveis! A igualdade de género é só para o que mais lhes convém!

    • E muito cuidado com aqueles rapazes simpáticos. Dia da mulher é a 8 de dezembro!! Dia 8 de março é dia das operárias.

  2. Então, ninguém responde? Onde andam os democratas do PCP, do BE e do PAN?? Apareçam e digam qualquer coisa… sem ser a treta do costume.

  3. Tudo muito floriado mas quando e preciso pegar no batente, o homem tem de chegar se a frente. Muitas mulheres gostam de mostrar se fortes.
    Sociedade nao pode e nao deve ser toda igual, nao e da natureza humana.
    Homens normalmente sao fisicamente mais fortes do que maioria das mulheres, no entanto existem mulheres com fisico parecido com homens e essas podem fazer tarefas como nos.
    Normalmente as mulheres sao mais frageis, mas nao o todo.
    Para tarefas de casa, de empresas e ensino, enfim todas tarefas leves uso intelectual o genero nao conta, somos todos praticamente iguais…
    Mulher que e mulher sabe o que fazer e como devem dividir tarefas. Problema e que nao somos todos iguais e com educacao e culturalmente difrentes.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.