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Português enfrenta 226 anos de prisão em Espanha após matar quatro pessoas num casamento

Português entrou com o filho menor e dois sobrinhos num carro e atropelou os convidados de um casamento no qual terá sido impedido de entrar. Matou quatro pessoas e feriu outras nove.

O Ministério Público de Madrid está a pedir 226 anos de prisão para Micael da Silva Montoya, também conhecido como “El Portugués”.

O português de 35 anos é suspeito de ter atropelado mortalmente quatro pessoas e ferido nove após ter sido impedido de entrar num casamento em Madrid, a 6 de novembro de 2022, segundo o jornal El Mundo. Terá aparecido sem ser convidado depois de ter visto vídeos no TikTok, num caso que terá situações antigas mal resolvidas.

Montoya terá sido, a par da família, forçado a abandonar a cerimónia de membros de uma família rival, depois de ter provocado vários desacatos com a ajuda da mulher, dos dois filhos e de um primo.

Seguiu-se um desentendimento que envolveu agressões e levou à expulsão do português do local.

Acompanhado do filho menor e de dois sobrinhos, o suspeito terá de seguida conduzido um carro contra uma multidão de convidados do casamento “sem lhes dar a oportunidade de se afastarem”. Fez quatro vítimas mortais, entre as quais um menor, de 17 anos.

Ao atropelamento seguiu-se a fuga, pela autoestrada, mas o carro em que seguia, sem seguro, foi intercetado em Toledo. O suspeito terá justificado a fuga do local com o som de tiros que ouviu dirigidos a si.

No dia seguinte aos atropelamentos foi preso e ficou em prisão preventiva. Os sobrinhos viram as acusações de que eram alvo serem arquivadas, uma vez que o tribunal entendeu que não tinham responsabilidade pela decisão do condutor que avançou contra as vítimas.

226 anos de pena acumulada

Uma vez que o Código Penal espanhol não prevê a pena perpétua, exceto em casos muito graves, o Ministério Público pede uma condenação de 25 anos de prisão por cada um dos quatro homicídios.

A este total de 100 anos soma-se ainda um pedido de 14 anos de prisão por nove tentativas de homicídio, referente aos feridos causados.

Ao atropelar as vítimas, o MP considera que o arguido “tinha vontade de causar-lhes a morte ou presumiu que tal poderia suceder”, avança a imprensa espanhola.

ZAP //

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