Os campeões da Europa venceram a Hungria por 3-0, graças a uma bela exibição de Cristiano Ronaldo, e continuam na luta com a Suíça.
A Selecção de Portugal fez o que lhe competia e venceu a Hungria por 3-0, numa noite de boas exibições, individuais e colectiva, com destaque para Cristiano Ronaldo, autor de dois golos.
O resultado mantém os campeões da Europa na luta pelo apuramento no Grupo B da Qualificação Europeia do Mundial de 2018 – a três pontos da líder Suíça, que também ganhou.
O Jogo explicado em Números
- Primeiros minutos surpreendentes pela muita posse de bola da Hungria, que chegou aos 78% nos primeiros minutos, mas aos dez já Portugal havia equilibrado, com 50% para cada e dois remates, sendo o único enquadrado de Cédric Soares, de cabeça.
- Portugal com muita intensidade nas transições, Ricardo Quaresma em destaque com as suas deambulações e, aos 20 minutos, Cristiano Ronaldo teve uma excelente oportunidade, mas o seu remate de cabeça saiu ao lado. Nesta fase Cédric era o luso mais activo, com um GoalPoint Rating de 5.5. Ronaldo era o menos vistoso, com 4.4, fruto dessa perdida mas… por pouco tempo.
- À meia-hora o jogo já reflectia o domínio português, com 52% de posse, cinco remates contra dois dos húngaros, 1-0 em disparos enquadrados. Até que, aos 32 minutos, André Silva consumou a superioridade da turma das “quinas”, ao finalizar tranquilamente ao segundo poste, após cruzamento de Raphäel Guerreiro da esquerda. Foi o quinto de André Silva nesta qualificação.
- Aos 36 minutos, CR7 afinou finalmente a pontaria. Passe extraordinário, longo, de Cédric para André Silva, este deu um toque de calcanhar, de primeira, para trás e Ronaldo, após ajeitar a bola, rematou para o 2-0. Foi o sétimo remate de Portugal, o terceiro enquadrado, e o quinto disparo do craque do Real Madrid no jogo (primeiro enquadrado).
- Após um início tímido, Portugal conseguiu, aos poucos, implementar a sua estratégia de recuperação rápida da bola, para apanhar a lenta defesa húngara em contra-pé. O 2-0 ao intervalo reflecte o domínio dos campeões europeus, que chegaram a esta fase com 61% de posse, nove remates, quatro deles enquadrados, contra os dois disparos dos visitantes (todos com má direcção).
- Ronaldo, com um golo, seis remates, dois enquadrados, dois dribles eficazes em duas tentativas era o melhor em campo no descanso, com um GoalPoint Ratings de 6.8, o mesmo de André Silva (um golo, uma assistência), mas com uma vantagem de algumas centésimas.
- Mais uma vez a Hungria a entrar com vontade de mandar, tendo chegado aos 63% de posse nos primeiros dez minutos do segundo tempo. Porém, Portugal registava o único remate desta fase, para além de um total de 13 cruzamentos contra nove, mas também 11 faltas para apenas quatro dos magiares.
- Ronaldo fez, através de um livre directo muito colocado, o 3-0 para Portugal, aos 65 minutos, o seu segundo golo na partida e 70º por Portugal. Era mesmo dia do capitão luso.
- Por volta dos 70 minutos o jogo estava praticamente decidido, não só pelos 3-0, mas pelo controlo absoluto dos acontecimentos por parte de Portugal, apesar de ter menos bola (46%). Mas a verdade é que, na etapa complementar, os húngaros apenas somavam um remate até esta altura, contra três de Portugal.
- Destaque para os 95% de passes certos e 69 toques na bola de William Carvalho, mas também para uma assistência e dois passes para ocasião de Raphäel Guerreiro, que havia tido sucesso em duas de três tentativas de drible.
O Homem do Jogo
Cristiano Ronaldo voltou às grandes exibições por Portugal. A motivação com que entrou para este jogo vê-se pelos oito remates que realizou (três enquadrados), demonstrativos da vontade de marcar e de ajudar Portugal a vencer. Perdeu uma ocasião flagrante, é certo, mas os dois golos que marcou foram suficientes para destacar-se como melhor da noite, com um GoalPoint Rating de 8.4.
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Jogadores em foco
- Pepe 6.9 – A Hungria não causou grandes problemas, mais quando atacou, Pepe esteve sempre muito certo. Somou 11 recuperações de bola e registou ainda dez acções defensivas, com cinco desarmes, duas intercepções e três alívios.
- Raphäel Guerreiro 6.8 – Parece que não sabe jogar mal. Forte a defender, com dez recuperações de bola, três intercepções e um desarme, foi também um desequilibrador na frente, tendo registado uma assistência, dois passes para ocasião, e tocou 97 vezes na bola, o máximo deste jogo.
- André Silva 6.8 – Esteve em grande plano. Marcou o primeiro golo e deu um sublime toque de calcanhar para o segundo da partida, de Ronaldo. Não esteve muito mais em jogo, mas quando esteve, fez praticamente tudo bem.
- Cédric Soares 6.7 – O passe longo para André Silva, que antecedeu o segundo logo, foi o ponto alto do jogo de Cédric. O lateral-direito esteve em bom plano, com um remate, 78 toques na bola, oito duelos ganhos em 13 duelos ganhos e ainda cinco desarmes.
Resumo
// GoalPoint