França voltou a ganhar entre os mais novos, desta vez em casa. RTP confirma que o primeiro festival pós-25 de Abril não existe no seu arquivo.
A França ganhou o Festival Eurovisão da Canção para os mais novos. A edição júnior 2023 foi ganha neste domingo, em casa, já que o evento se realizou em Nice.
Zoé Clauzure cantou Cœur e conseguiu 228 pontos. Apesar do mistério até ao último segundo, que já é tradição na Eurovisão, a menina francesa venceu entre o júri e entre a votação do público. Foi a favorita nas duas votações.
A França já tinha vencido o Festival no ano passado, na altura graças a Lissandro e Oh Maman!.
Desta vez a Espanha ficou no segundo lugar (201 pontos) e a Arménia fechou o pódio, com 180 pontos.
Portugal ficou no 13.º lugar, entre 16 países presentes. A participação sólida, e até madura, de Júlia Machado e a canção Where I belong, ficou-se pelos 75 pontos.
A actuação da adolescente portuguesa ficou marcada por um problema técnico: o ecrã LED, lá atrás, não funcionou como era suposto e a realização não teve a sequência que tinha ficado combinada nos ensaios.
No entanto, a RTP optou por não repetir a actuação porque esse obstáculo “não prejudicou a sua prestação vocal”.
O 13.º lugar de Júlia Machado foi a terceira melhor classificação de Portugal no Festival Júnior Eurovisão da Canção. As três melhores posições lusas foram conseguidas nos últimos três anos (8.º e 11.º nos outros casos), no total de oito participações.
O Festival da Canção 1975?
Este evento foi realizado um dia depois de a RTP ter confirmado que o Festival da Canção 1975… não existe. Nos arquivos da estação, não existe.
Os 50 anos do 25 de Abril de 1974 estão próximos e voltaram as conversas sobre os vídeos do evento – que não fazem parte do arquivo da RTP.
Recorde-se que o Festival da Canção 1975 foi o primeiro realizado depois do 25 de Abril.
“Relativamente à edição do Festival da Canção de 1975 nunca deu entrada nenhuma gravação no arquivo da RTP”, indicou a estação pública à revista Visão, sem mais explicações.
Uma fonte conhecedora dos processos de então da RTP sugeriu que a bobine desse Festival foi utilizada para gravação, mais tarde. Ou seja, gravaram por cima e apagaram o evento ganho por Duarte Mendes e pela sua Madrugada.
Rui Vieira Nery, musicólogo, reagiu: “Este é um grave caso de incúria e de irresponsabilidade relativamente a um documento importante para a história da cultura popular portuguesa. Tenho até dificuldade em conceber um grau de irresponsabilidade e de incompetência semelhante”.
“um documento importante para a história da cultura popular portuguesa”…um Festival da Canção?! Pois, deve ser, assim como o Quim Barreiros o Zé Cabra!
Era um bom serviço que faziam, explicar como dizem que o essa edição não consta nos arquivos da RTP e ao mesmo tempo apresentam um vídeo dessa edição a passar na RTP Memória…