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Quatro vezes mais: Portugal com a maior taxa de excesso de mortalidade na UE

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Taxa de 23,9%, em Junho, foi quase quatro vezes mais alta do que a média da União Europeia. Números aumentaram pelo quinto mês consecutivo.

Portugal voltou a registar em junho o maior excesso de mortalidade na União Europeia (UE), com uma taxa de 23,9%, quase quatro vezes mais alta do que a média comunitária, que é de 6,2%, revela hoje o Eurostat.

Os dados hoje publicados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que, enquanto no conjunto da UE, o excesso de mortalidade – a percentagem de mortes adicionais em comparação com a média mensal de óbitos no período entre 2016-2019 – prossegue uma tendência decrescente, tendo recuado de 11,2% em abril para 7% em maio e para 6,2% em junho, em Portugal aumentou pelo quinto mês consecutivo.

A taxa de excesso de mortalidade de 23,9% registada em Portugal em junho – que compara com 19,2% em maio – é, de forma destacada, a mais elevada entre os 27 Estados-membros, à frente de Espanha (16,7%) e Estónia (16,2%).

Os dados do Eurostat mostram que seis Estados-membros registaram valores abaixo da média mensal nacional no período 2016-2019 (anterior à pandemia de covid-19), com realce para os recuos verificado em Chipre (-28,3%), Roménia (-9,0%) e Bulgária (-7,9%).

Em Portugal tem-se registado um crescimento progressivo do excesso de mortalidade desde janeiro de 2021, mês em que até se verificou um valor abaixo da média mensal nacional em comparação com o período 2016-2019, de -4,4%. Em fevereiro, aumentou para 4,1%, em março para 6,9% (superando então a média da UE, de 6%), em abril para os 12,4% (face a 10,7% da União), em maio, para os 19%, e em junho para 23,9%, um valor já muito próximo do mais elevado observado em Portugal desde fevereiro de 2021 (24,6%).

No conjunto dos 27, a UE registou os maiores picos de excesso de mortalidade em abril de 2020 (25%), novembro de 2020 (40%), abril de 2021 (21%) e novembro de 2021 (26%), enquanto em Portugal o pico foi registado em janeiro de 2021 (60,5%).

// Lusa

2 Comments

  1. Claro! é o resultado de um SNS na falência por má gestão ao serviço do Cidadão…coitado de quem precisa, acaba na tumba.
    Por falar nisso… ainda temos Ministra?

  2. Não és “Tolo” não ! .. A Saúde de qualquer Un de nôs , passa por um atendimento atempado do SNS . A diminuição da morbidade em geral depende de um acompanhamento de qualidade Medico , ou seja de uma boa profilaxia . Por experiencia própria posso afirmar que é quasi inexistente !

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