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Portugal está mal preparado para controlar a vespa asiática

el chip / Flickr

A vespa asiática

A vespa asiática

A Quercus considera que as autoridades portuguesas estão mal preparadas para enfrentar a vespa asiática, com a maior parte das medidas previstas sem concretização, e pede um plano de conservação das vespas autóctones e bolsas de investigação.

O “Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal”, elaborado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, “peca essencialmente por falta de implementação“, salienta um comunicado da Quercus.

Mas, para a associação ambientalista, o documento levanta também várias questões importantes que podem pôr em causa a sua eficácia e a proteção da biodiversidade em Portugal, pelo facto de a vespa asiática atacar as abelhas.

A associação de defesa do ambiente alerta que está em curso, em Itália, o início de mais uma praga para a apicultura, o pequeno escaravelho das colmeias, e apela às autoridades portuguesas para que acompanhem o progresso desta espécie invasora, para “prevenção, preparação atempada e não de remediação”.

Passados 10 anos do aparecimento, em França, da vespa velutina nigrithorax, ou vespa asiática, e três anos depois da sua chegada a Portugal, a Viana do Castelo, “as autoridades tardam em implementar um plano eficaz de luta contra esta espécie invasora”, havendo já uma “invasão descontrolada“, com muitas colmeias afetadas.

Atualmente, a vespa já está instalada nas regiões do Douro Litoral e Minho e continua a progredir para sul e este, de acordo com a Quercus.

A revisão do plano de ação, apresentada recentemente, suscitou dúvidas à Quercus pois, “apesar de fazer uma boa análise da situação e de como agir, não apresenta datas de concretização, metas e responsabilidades bem definidas”, e o site que o integra ainda não está a funcionar.

Outra preocupação relaciona-se com o “desconhecimento e descoordenação das câmaras municipais”, que são responsáveis pela destruição dos ninhos das vespas asiáticas.

Os ambientalistas defendem um plano de conservação das vespas autóctones, que podem ser importantes no combate à vespa asiática, e sugerem uma maior aposta na prevenção, nomeadamente com a criação de bolsas de investigação específicas para as universidades desenvolverem formas de luta, por exemplo, armadilhas específicas para a vespa velutina.

/Lusa

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