Portugal é o país da União Europeia que envelhece mais rapidamente

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Portugal tem atualmente quase duas vezes mais idosos do que jovens e crianças.

Portugal foi, entre 2015 e 2020, o país da União Europeia onde o índice de envelhecimento, ou seja, o rácio entre o grupo dos mais velhos (a partir dos 65 anos) e o dos mais novos (0 e 14 anos) cresceu com maior rapidez. De acordo com a Pordata, o país registou “uma taxa de crescimento médio anual do índice de envelhecimento” da ordem dos 3,6%, o ritmo mais acelerado no conjunto dos países do bloco.

De acordo com as explicações dadas por Luísa Loura, diretora da Pordata, ao jornal Público, “esta taxa de crescimento foi calculada na lógica das taxas de juro, olhando para 2015 e 2020, sem considerar valores intermédios”. O que é apresentado é, por isso, um estreitamento cada vez maior e rápido da base da pirâmide etária, acompanhado de um alargamento do topo, prevendo-se que esta tendência de agrave em 2021, à luz dos dados provisórios do último censo.

A mesma fonte aposta avança que os dados fazem transparecem um processo de duplo de envelhecimento da população em Portugal, com a evolução a ser mais rápida do que nos outros países, como consequência do aumento da esperança de vida, mas sobretudo da contínua quebra da fecundidade e da natalidade.

Em dezembro de 2021, o Instituto Nacional de Estatística já tinha alertado para este fenómeno, a propósito do Censos, sublinhando que “o envelhecimento demográfico em Portugal continuou a acentuar-se de forma muito expressiva, salientando os desequilíbrios os desequilíbrios já evidenciados na década anterior”.

Ainda assim, o envelhecimento demográfico é uma tendência visível em todo o bloco europeu, face às consistentes baixas taxas de natalidade e a maior esperança de vida. Em Portugal, e em termos geográficos, o envelhecimento tornou-se mais evidente no Centro e no Alentejo, com 229 e 219 idosos por cada 100 jovens em 2021, respetivamente. Contrariamente, a Região Autónoma dos Açores, Área Metropolitana de Lisboa e Região Autónoma da Madeira tinham os índices mais baixos: 113, 151 e 151.

No que respeita aos grupos etários, regista-se um decréscimo em todos, sendo os idosos a exceção. De faco, estes representavam já quase um quarto do total dos residentes no país (23,4%).

ZAP //

7 Comments

  1. Pois, quem nos tem governado nas últimas décadas está-se nas tintas para o problema, não se importando nada que Portugal venha a ser, mais cedo ou mais tarde, um país brasileiro ou muçulmano, e que até mude de nome!

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