/

Porto vs Belenenses | Sob o sombrero de Herrera

FC Porto cumpriu perante o seu público, na recepção ao Belenenses, e ganhou por 2-0. A equipa de Sérgio Conceição, que apresentou várias alterações em relação ao “onze” habitual, foi dominadora na primeira parte e colocou-se em vantagem por Herrera.

Porém, consentiu a reacção dos homens do Restelo, que remataram bastante na segunda parte e tiveram posse de bola. Mas não conseguiram marcar, e o Porto aproveitou para fixar o resultado perto do fim, por Aboubakar.

O Jogo explicado em Números

  • Belo arranque de jogo no Dragão, com o FC Porto a registar 71% de posse de bola nos primeiros dez minutos, quatro remates, um deles enquadrados, mas o Belenenses a não se ficar pelo seu meio-campo. Os homens do Restelo fizeram dois remates nesta fase, embora nenhum enquadrado.
  • Meio-campo “alternativo” do Porto, com o habitualmente central Diego Reyes a “trinco”, André André e Herrera a darem conta do recado: aos 20 minutos o Porto registava 62% de posse de bola e 87% de eficácia de passe.
  • Pressão intensa do Porto em busca do primeiro golo, com nove remates, três enquadrados, à passagem da meia-hora. Brahimi era, nesta altura, o mais irrequieto, com três remates, um com boa direcção, um passe para finalização, 93% de eficácia de passe e a certeza habitual no drible: três tentativas, três com sucesso.
  • Hernâni, a outra surpresa no “onze” portista, mostrava também alguns pormenores importantes, em especial no cruzamento. Em três registava dois eficazes, e no remate também dava nas vistas, igualmente com três disparos e dois com boa direcção. Os dois desarmes sofridos e três maus controlos de bola castigavam um pouco a sua exibição.
  • Até que, aos 42 minutos, na sequência de um canto da esquerda, a bola chegou a Herrera ao segundo poste e este, de primeira, rematou forte para o 1-0.
  • Vantagem mínima ao descanso para o “dragão”, mas inteiramente justa, perante o pendor ofensivo dos “azuis-e-brancos”. Com 65% de posse de bola, 13 remates, cinco deles enquadrados, o FC Porto justificava em pleno o triunfo até ao momento.
  • A facilidade com que os portistas entravam na grande área belenense estava expressa nos dez disparos dos da casa dentro da área. Brahimi ajudava bastante nesse aspecto, com sucesso na totalidade das quatro tentativas de drible, uma delas dentro da área “azul”. Mas o melhor era mesmo Herrera, com um GoalPoint Rating de 7.0, graças ao seu golo, mas também a dois passes para finalização e 91% de eficácia de passe.
  • Encontro mais pausado após o reatamento. Por volta da hora de jogo, o Porto não registava qualquer remate na segunda parte, enquanto o Belenenses tinha já dois, para além de 49% de posse. Nesta fase, quatro jogadores do Porto registavam um rating superior a 6.0, enquanto o único do Restelo nesta situação era o guarda-redes Muriel, com 6.5, graças a quatro defesas.
  • Equipa de Domingos Paciência acutilante na segunda parte, a assumir grande parte das despesas de jogo. Os quatro remates na etapa complementar, por volta dos 75 minutos, não tinham correspondência com a eficácia, pois nenhum havia sido enquadrado, mas os lisboetas mantinham 48% de posse desde o descanso. Porém, poucos passes para finalização (5).
  • Bom jogo de Reyes a “trinco”. O mexicano era, perto do fim, um dos melhores do Porto, com o máximo de passes certos (73), duas entregas para finalização e a assistência para o golo solitário. E muito sólido também a defender. O Belenenses tentava chegar ao empate, mas Reyes e companhia não o permitiam.
  • Ao invés, numa transição rápida, em cima dos 90 minutos, o Porto chegou ao 2-0, com Herrera a conduzir e a assistir Aboubakar, que picou a bola sobre Muriel. Estava feito o resultado.

O Homem do Jogo

Hector Herrera esteve nos melhores momentos do Porto este sábado ante o Belenenses. O médio mexicano foi o melhor em campo no Dragão, por tudo o que fez e trabalhou para a equipa. O GoalPoint Rating final de 7.4 reflecte o golo que marcou, a assistência que fez para o 2-0, mas também muita qualidade noutros detalhes, como a eficácia de passe (91%), os passes para finalização (quatro, um deles para ocasião flagrante), as interacções com a bola (90) e as recuperações de posse (8). Um belo jogo de Herrera.

Jogadores em foco

  • Muriel 7.3 – O melhor do Belenenses. O guarda-redes teve de lidar com a permeabilidade da defesa do Restelo, que permitiu 19 remates dentro da grande área, e acabou com um registo de oito defesas, seis delas precisamente a disparos dentro da sua área.
  • Alex Telles 7.3 – Andou sempre pelos lugares cimeiros do nosso rating. O brasileiro atacou muito, como atestam os dez cruzamentos de bola corrida, embora apenas um com eficácia, e ainda teve sucesso em duas de quatro tentativas de drible, uma delas dentro da área contrária. Na frente registou um remate (perigoso) e dois passes para finalização e atrás somou quatro desarmes e cinco intercepções.
  • Brahimi 6.9 – Mais um belo jogo do argelino, que rematou quatro vezes e enquadrou uma. Novamente mostrou eficácia no drible, ao ter sucesso em todas as quatro tentativas, e ainda registou um passe para finalização.
  • Aboubakar 6.9 – O camaronês trabalhou muito e foi recompensado no final com um golo, em apenas dois remates. Porém, criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, teve sucesso nas duas tentativas de drible e ganhou metade dos 16 duelos que disputou.
  • Diego Reyes 6.6 – Uma bela surpresa, tanto por ser titular, como por ocupar o lugar de “trinco” e rubricar uma exibição bem conseguida. Diego Reyes assistiu Herrera para o 1-0, registou dois passes para finalização, 88% de eficácia de passe, foi quem mais interagiu com a bola (97 toques) e ainda ganhou quatro de seis duelos aéreos e fez quatro desarmes.

Resumo

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.