A Câmara do Porto anunciou esta terça-feira que a tradicional árvore de Natal, a inauguração das luzes na Avenida dos Aliados e o fogo-de-artifício da passagem de ano foram suspensos devido à situação de pandemia.
“A Árvore de Natal que, anualmente, se ergue imponente diante dos Paços do Concelho, não será este ano montada, entendendo a autarquia que a sua existência poderia tornar-se foco de aglomeração de pessoas”, assinala a câmara, numa nota no seu site.
Para além da montagem da árvore de Natal, o município decidiu não realizar o tradicional fogo de fogo-de-artifício na noite de passagem de ano, que nos últimos anos tem levado milhares de portuenses e visitantes à Avenida dos Aliados.
As atividades promovidas pela empresa municipal Ágora – Cultura e Desporto do Porto ficam também suspensas em 2020, nomeadamente concertos na Avenida dos Aliados, pistas de gelo, teatros de rua, contos para crianças, entre outros.
“Reconhecendo a importância da celebração da data para os portuenses, a Câmara do Porto apela, contudo, à compreensão dos cidadãos para a adoção destas medidas, dada a situação excecional que este ano se vive por conta da pandemia”, salienta a Câmara.
O município portuense esclarece, contudo, que as medidas esta terça-feira anunciadas não comprometem a iluminação das ruas da cidade e que, no contexto atual de pandemia, “assume ainda maior relevância para o estímulo ao comércio tradicional”.
Na nota publicada ao início da noite, a autarquia apela aos munícipes que optem por antecipar as suas compras de Natal, iniciando-as, desde já, de forma a não sobrecarregar o comércio da cidade nos dias que antecedem 25 de dezembro.
Segundo a autarquia, esta posição foi coordenada com os comerciantes, constituindo para os próprios, “um fator de proteção acrescido para a manutenção da sua atividade”.
Devido ao cenário de crise vivido no comércio tradicional, na segunda-feira, o autarca do centro histórico do Porto, António Fonseca, desafiou as autarquias, o Governo e entidades públicas a antecipar o pagamento do subsídio de Natal para ajudar à sua sobrevivência do setor, instando-os a seguir o exemplo da junta.
Na altura, a Lusa questionou o município sobre esta possibilidade, contudo, até ao momento não obteve qualquer resposta.
// Lusa
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