O Porto foi melhor que o Inter mas isso não bastou. Já em Itália, na primeira mão, tinha ficado a ideia de que a equipa lusa poderia ter trazido um bom resultado, e hoje, no Dragão, a sensação de injustiça pelo afastamento dos portistas é total.
Os “nerazzurri” limitaram-se a praticamente estacionar um “autocarro” de camisolas amarelas nas imediações da sua área, uma opção tão pouco ambiciosa como eficaz.
Ainda assim viram os “azuis-e-brancos” criarem vários lances de calafrio, em especial nos derradeiros minutos, nos quais Denzel Dumfries afastou uma bola em cima da linha e os portistas atiraram duas bolas aos ferros, quase consecutivamente.
Antes do arranque da partida a notícia da lesão de última hora de Pepe, que assim ficou de fora, avançando Fábio Cardoso para o seu lugar.
E como se previa, o “dragão”, em desvantagem por 1-0 na eliminatória, entrou com iniciativa de jogo, mais bola, mas com grandes dificuldades em entrar na área contrária, registando… zero acções com bola na área italiana por volta dos 20 minutos, apesar do domínio.
O jogo encaminhava-se sem grandes lances de perigo, até que aos 40 minutos os portistas criaram a sua melhor jogada, com Marko Grujić a servir Evanilson em boa posição na área, mas o seu remate foi bloqueado por Federico Dimarco.
E era Grujić o melhor em campo ao intervalo. O médio sérvio está num grande momento e nesta fase registou um GoalPoint Rating de 6.2, fruto de dois passes para finalização, três progressivos, cinco acções com bola na área contrária e quatro duelos aéreos ganhos em seis.
O Porto não teve outra alternativa senão aumentar a pressão no segundo tempo e, ainda que desguarnecendo mais a defesa, o Inter deixou de surgir no ataque com tanta frequência.
O “dragão” tinha bola, atacava, rematava e conseguia entrar com uma certa facilidade na área italiana, mas a muralha amarela era demasiado densa para que as ocasiões de golo fossem relevantes.
Este foi um jogo de “catenaccio” por parte de um Inter que, apesar de todas as estrelas no seu plantel. mostrou pouca ou nenhuma capacidade de fazer valer essa qualidade, com o Porto a ser sempre melhor, em todos os aspectos, menos em destruir jogo alheio.
Um adeus amargo dos “dragões”, perante a evidência que nada ficam a dever ao gigante transalpino, que terminou a tirar bolas em cima da linha e a ver o esférico embater duas vezes nos ferros nos descontos. Incrível.
Melhor em Campo
Só podia ser o guarda-redes do Inter, ou então os ferros da sua baliza, a levarem para casa a distinção de MVP. André Onana teve muito trabalho e saiu do Dragão com distinção e o melhor GoalPoint Rating, um incrível 8.5 que reflecte seis defesas, três a remates na sua grande área. Na diferença entre defesas e xSaves terminou com 2,5 golos evitados.
Resumo
// GoalPoint