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Portimonense vs Benfica | Cervi resolveu

O Benfica somou três preciosos e difíceis pontos na visita ao Portimonense.

Os “encarnados” marcaram cedo, deixaram-se empatar logo a seguir a perderem Jonas por lesão – já na segunda parte -, mas acabaram por garantir o triunfo por 3-1, graças a um livre directo cobrado pelo homem do jogo e por um golo ao cair do pano da autoria de Zivkovic.

O Portimonense deu boa réplica, mas o Benfica foi mais competente na hora de finalizar e ascendeu ao primeiro lugar (à condição) pela primeira vez na época em curso.

O Jogo explicado em Números

  • Boa entrada do Benfica, veloz, intenso, com combinações ao primeiro toque a colocar problemas ao Portimonense. E ao segundo remate do jogo para os “encarnados”, aos seis minutos, Franco Cervi fez o 1-0, a concluir uma bela movimentação colectiva, que teve participação providencial de Rafa.
  • O primeiro quarto-de-hora chegou com domínio claro das “águias”: 62% de posse de bola, três remates (dois enquadrados), contra nenhum do Portimonense, 87% de eficácia de passe. Os algarvios sentiam muitas dificuldades para se aproximarem da baliza de Bruno Varela.
  • Pela meia-hora os homens da casa ainda não haviam sequer tentado o remate à baliza e não registava qualquer passe para finalização. Porém, o Benfica somava também poucos, apenas três, apesar dos 68% de posse e dos cinco remates, três deles com boa direcção, e das duas ocasiões flagrantes.
  • Belo jogo de Fejsa na primeira parte. Em torno dos 35 minutos, o “trinco” registava sete recuperações de posse, apesar de apresentar uma eficácia de passe pouco usual para o que costuma mostrar: apenas 76%.
  • Primeiro remate do Portimonense surgiu somente aos 40 minutos, por Emmanuel Hackman, contudo desenquadrado. E o segundo surgiu logo a seguir, por Ewerton, também sem a melhor direcção.
  • Vantagem benfiquista no descanso, suportada por uma primeira meia-hora de qualidade dos campeões nacionais, que materializaram a sua superioridade bem cedo, por Franco Cervi.
  • Os “encarnados” chegaram ao intervalo com 61% de posse de bola, apenas deixaram os Portimonense rematar no final da primeira parte, mas notou-se uma formação da casa a procurar reagir, com três disparos nos últimos cinco minutos.
  • O melhor na primeira metade foi o autor do golo, Cervi, que fez dois remates, ambos enquadrados, e registou 83% de eficácia de passe, terminando esta fase com um GoalPoint Rating de 6.5.
  • Portimonense entrou forte no segundo tempo, chegando aos 55% de posse, mas, por volta da hora de jogo, já os “encarnados” haviam recuperado o domínio, com 64% de posse referentes à segunda metade. No entanto, empate absoluto em remates, um para cada lado, nenhum enquadrado.
  • Aos 64 minutos, Jonas saiu lesionado, entrando para o seu lugar Raúl Jiménez. O brasileiro havia rematado duas vezes, sem a melhor direcção, e criado uma ocasião flagrante, no único passe para ocasião que fez. E, no minuto seguinte, o Portimonense empatou, por Felipe Macedo, de cabeça, após canto da esquerda de Bruno Tabata.
  • O golo algarvio catapultou o Benfica para o ataque, registando 67% de posse de bola por volta dos 75 minutos, quatro remates no segundo tempo, um enquadrado. Para além disso, somava quatro ocasiões flagrantes, tendo falhado três, duas delas pelo improvável André Almeida, muito interventivo nos momentos ofensivos.
  • O perigo rondava a baliza algarvia e o 2-1 acabou por surgir, aos 77 minutos, pelo mesmo autor do primeiro da partida. Na conversão irrepreensível de um livre directo descaído para a direita, Franco Cervi fez um belo golo. Três remates, três enquadrados, dois tentos para o extremo-esquerdo.
  • O jogo chegou ao fim com o Portimonense a tentar o empate, mas o Benfica tinha o jogo controlado, com mais remates, posse de bola e ocasiões flagrantes, e fez mesmo o 3-1, no último lance da partida, por Zivkovic, numa jogada de insistência do sérvio.

O Homem do Jogo

Franco Cervi foi, de longe, o jogador mais importante desta partida. E não apenas pelos dois golos que marcou, o segundo deles de vital importância para os “encarnados”, pois reabriu as portas da vitória benfiquista. O argentino não só bisou, nos três remates que fez na partida (todos enquadrados), como ainda criou duas ocasiões flagrantes em três passes para finalização. E ainda teve tempo de realizar quatro desarmes – terminou, assim, com um GoalPoint Rating de 8.9.

Jogadores em foco

  • Zivkovic 6.9 – O sérvio foi o segundo melhor da partida. Fez o golo que fechou a contagem e, apesar de por vezes parecer algo pesado para a estatura que tem, a verdade é que empresta velocidade à partida e, acima de tudo, esclarecimento. Marcou um golo em três remates, dois enquadrados, registou 71 acções com bola (terceiro valor mais alto) e recuperou dez vezes a posse.
  • Felipe Macedo 6.9 – O defesa-central esteve bem a defender e a atacar. Para além das 12 acções defensivas – entre as quais seis alívios -, o brasileiro marcou o golo que deu esperança ao Portimonense de somar um ponto.
  • Fejsa 6.4 – O “trinco” sérvio fez um belo jogo defensivo, como é seu timbre, e terminou com impressionantes 15 recuperações de posse, recorde da Liga NOS 2017/18, embora pertencente a mais três jogadores. E ainda fez sete desarmes.
  • Rafa Silva 5.0 – O extremo prometeu muito na goleada por 5-1 sobre o Rio Ave, e também no arranque desta partida, tendo participado no 1-0. Contudo, foi desaparecendo do jogo e terminou com números modestos, com 20 perdas de bola (nas 43 vezes que a teve), mas também um passe para finalização e dois dribles certos em seis tentativas.
  • Pizzi 4.8 – O pior dos “encarnados”. O médio esteve, como sempre, esforçado, mas não registou sequer um passe para finalização e teve como único ponto verdadeiramente positivo as nove bolas que colocou na área contrária.

Resumo

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