Confirmado: moções de rejeição rejeitadas. Discurso de Pedro Nuno Santos originou reacções mais exaltadas.
O programa do Governo, como se esperava, passou na Assembleia da República.
A moção de rejeição apresentada pelo Partido Comunista Português foi chumbada com os votos contra de PSD, CDS, IL, Chega e PAN. O PS absteve-se. PCP, BE e Livre votaram a favor.
A moção do Bloco de Esquerda também foi chumbada. Votaram contra: PSD, CDS, IL e Chega. O PS e PAN abstiveram-se. PCP, BE e Livre votaram a favor.
Ao longo desta manhã, no segundo dia do debate no Parlamento à volta do documento, foram divulgadas as posições de todos os partidos da oposição sobre as duas moções.
O PAN tem posições diferentes em relação aos documentos: abstenção moção do Bloco de Esquerda e contra a dos comunistas. Inês de Sousa Real explicou: a proposta do PCP foi apresentada ainda antes de ser conhecido o documento.
O Livre votou a favor das duas moções. A líder parlamentar Inês Mendes Lopes confirmou a posição – em algumas parte do discurso foi aplaudida por deputados do Bloco.
O PCP justificou a sua moção: “É mais um programa da lei do despejo, de dar mais dinheiro público à banca e manter o drama das pessoas, o programa das parcerias-público-privadas rodoviárias, que prepara novas PPP e mais privatizações, um programa onde tudo é negócio”, disse o secretário-geral Paulo Raimundo.
O BE acha que o programa de Governo “está desenhado para dar tudo a poucos. E, precisamente porque dá tudo a uma pequena elite, esquece a maioria do nosso povo”, comentou o líder parlamentar Fabian Figueiredo.
A IL votou contra as duas moções. Mas, num discurso algo exaltado, a líder parlamentar Mariana Leitão avisou que o programa do Governo fica “aquém das necessidades” do país.
O Chega também votou contra esta “irresponsabilidade”. “Isto é uma piada da esquerda, de dizer nem mais um dia, é tudo para cumprir, Portugal está muito atrasado. Quem governou Portugal nos últimos oito anos foram estes partidos e este secretário-geral do PS um dos responsáveis pelo atraso que estamos a viver”, atirou André Ventura.
PS como alternativa
O cenário mudou na Assembleia da República quando Pedro Nuno Santos falou.
O PS, já se sabia, abstém-se nestas moções de rejeição e assim viabiliza o programa do Governo. Mas esta posição “não pode ser lida como um apoio ao Programa do Governo”, repetiu.
Pedro Nuno assegurou que o PS vai liderar a oposição “com o mesmo respeito pelos seus valores matriciais e com a mesma responsabilidade que teria se estivesse no Governo”.
“A alternativa PS não se esgotou nas eleições legislativas de Março. O PS não se deixará anular, não vai trair quem votou nos socialistas, não se deixará intimidar por manobras de vitimização por parte do Governo”.
E lembrou que as propostas vêm de todos os partidos, não só do Governo: “Estamos aqui para defender propostas, também estaremos no Parlamento a trabalhar” – e pede que sejam aprovadas iniciativas do PS “porque não é só o Governo que tem iniciativa. O Governo trabalha, o Parlamento também“.
As cinco propostas imediatas
Nesse contexto, Pedro Nuno Santos anunciou que o PS vai apresentar cinco iniciativas parlamentares imediatas: reduzir IVA na electricidade, excluir rendimentos dos filhos como condição para o acesso ao complemento solidário para idosos, eliminar as portagens nas ex-SCUT…
E foi aqui que o ambiente aqueceu.
Sorrisos na bancada parlamentar do PSD e da IL. Deputados do Chega exaltados, a abanar negativamente a cabeça; e alguns a darem sinal de que o PS teve 8 anos para acabar com essas portagens enquanto estava no Governo, e não o fez.
Como resposta, os deputados do PS levantaram-se para aplaudir este anúncio sobre as portagens.
“Não percebo a surpresa. Eram propostas que constavam do nosso programa eleitoral”, reagiu Pedro Nuno Santos, que teve dificuldades em continuar a falar.
“E, se concordam, têm bom remédio: aprovem a iniciativa do PS“, comentou o líder dos socialistas.
Pedro Nuno ainda conseguiu dizer onde o PS quer acabar com portagens: em zonas de A28, A3 e A3-1, A23, A25, A4, A24 e A22.
As outras duas propostas imediatas (que demoraram a ser conhecidas no discurso): aumentar a despesa dedutível com arrendamento até aos 800 euros e alargar à classe média o apoio ao alojamento estudantil aos estudantes bolseiros.
Pedro Nuno Santos, em cheio no “gatilho”.
Em frente, que atrás vem gente!
Este PNS nao tem caracter nenhum, parece que o que o anterior Governo fez, passa-lhe ao lado…, ele bem tentou fazer isso durante a campanha Eleitoral, mas o Povo mandou-o passear.
O povo mandou-o passear, quer dizer… A procuradora e o embuste de belém prepararam o golpe, a comunicação social fez o que os patrões lhes mandaram e a seguir o povinho foi atrás da cantiga, 2 anos depois de terem um dado uma maioria absoluta ao mesmo partido que agora se “mandou passear”, com base numa acusação que nem você nem ninguém ainda sabe qual é, em concreto.
Sendo que, na realidade, isso não passou de um embuste muito maior, porque quem decide quem é “eleito” ou “afastado” nunca são os eleitores, mas quem mexe os cordelinhos deste circo. E esses não moram cá…
Tiago SC, custa-te muito reconhecer que o Povo Portugues deu a vitoria a Direita?!, e sabes que mais, quem nomeou a Procuradora foi o teu amigo Costa, quem, para controlar a Imprensa, deu Milhoes aos Media, foi o PS, quem tentou Politizar a Justica Portuguesa, foi o Costa, quem foi avisado por Bruxelas que o combate a corrupcao em Portugal nao passa do papel, foi o Costa, quem bloqueou as Comissoes de Inquerito na Assembleia da Republica, foi o Costa, quem teve 13 demissoes no seu Governo, foi o Costa, so para finalizar, quem passado poucos Meses de Governacao viu as sondagens negarem a sua maioria absoluta, foi o PS!!!!, as Eleicoes so vieram confirmar o que o Povo sentia, toma Renie que a tua azia passa… .
O Povo mandou-o passear? Nem tanto! Veja as sondagens e em janeiro de 2025 cá estaremos. O Povo, quando quer, é quem mais ordena!