Organização ambientalista internacional inaugura a primeira delegação oficial no país com dois grandes focos: incêndios florestais e proteção dos oceanos. Navio emblemático Arctic Sunrise já chegou e pode ser visitado.
Fundada há 54 anos no Canadá, a Greenpeace marca hoje presença em mais de 50 países, mas só esta segunda-feira é que chegou a Portugal.
A organização ambientalista internacional inaugura esta segunda-feira uma delegação oficial em território nacional, e vai passar a ter um escritório em Portugal com uma missão da defesa do ambiente em Portugal continental e nas ilhas.
A apresentação oficial aconteceu em Lisboa, com a visita do quebra-gelo Arctic Sunrise, uma das embarcações emblemáticas da Greenpeace, que terminará a semana no Porto, onde será possível visitar o navio.
Dois dos principais focos da Greenpeace em Portugal vão ser os incêndios florestais — “um dos temas que mais preocupa a cidadania portuguesa”, diz o diretor da Greenpeace portugal Toni Roseiro à RTP — e a proteção dos oceanos.
A escolha de Portugal para a abertura de uma delegação está ligada à sua vasta Zona Económica Exclusiva, uma das maiores do mundo, e ao papel crucial que o país desempenha na preservação dos oceanos.
As questões relacionadas com os oceanos são uma das prioridades da Greenpeace em Portugal, explica ao Público Toni Melajoki, diretor executivo da nova associação portuguesa: “são bastante importantes para a Greenpeace e, tendo Portugal uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas, faz todo o sentido estar cá”.
“Sempre foi uma falha não termos um escritório em Portugal, quando temos presença em quase todos os países europeus”, diz ainda.
A atuação da Greenpeace no país tem sido, no entanto, constante, com a organização a denunciar práticas prejudiciais aos oceanos, como a pesca excessiva de tubarões, especialmente por parte de Portugal e Espanha. Uma das primeiras ações de campanha da organização em território nacional aconteceu em 2008, quando ativistas da Greenpeace fizeram um protesto pacífico em supermercados, chamando a atenção para a venda de peixe ameaçado.
Além da defesa dos oceanos e do combate aos incêndios, a Greenpeace planeia ampliar o debate em Portugal sobre questões ambientais mais amplas, como a crise climática e a seca.
Com uma abordagem independente de qualquer governo ou corporação, financiada exclusivamente por cidadãos, a Greenpeace em Portugal pretende continuar a sua luta contra a poluição, a degradação ambiental e as alterações climáticas, sempre com o foco em ações não violentas e em campanhas de consciencialização pública.
Sendo Ambientalista o Barco não deveria ser a Vapor?
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