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Um em cada seis: poluição continua a matar milhões (e nada mudou desde 2015)

Wu Hong / EPA

Só em 2019 morreram cerca de nove milhões de pessoas devido à poluição. Números não mudam desde 2015.

A poluição continua a ser uma das principais causas de morte em todo o mundo.

Só em 2019 morreram cerca de nove milhões de pessoas no planeta devido à poluição, de acordo com um estudo da Lancet Commission on Pollution and Health.

Isso significa que, aproximadamente, em cada seis pessoas que morrem, uma falece por causa da poluição. Mais de 16% dos óbitos no planeta estão relacionados com a poluição.

A poluição do ar foi a principal causa de morte, matando mais de 6.6 milhões de pessoas (e esta contabilidade está a crescer). Produtos químicos são responsáveis por 1.8 milhões de mortes.

Houve uma diminuição no número de mortes relacionadas com poluição em países de pobreza extrema (como água poluída ou falta de saneamento), mas aumentou o número de óbitos ligados à poluição do ar no exterior e aos químicos tóxicos.

A grande maioria (mais de 90%) das mortes é registada em países com economia “média”, ou que passam mesmo por dificuldades económicas.

Os números, partilhados nesta terça-feira pela Sky News, reforçam que desde 2015 não se regista qualquer alteração nesta contabilidade, apesar dos aparentes múltiplos esforços com o objectivo de alterar este cenário.

No entanto, serão mesmo “aparentes”. O estudo avisa que a maioria dos países está a fazer muito pouco para combater este “enorme” problema de saúde pública.

Richard Fuller, principal autor do estudo, comentou: “A prevenção da poluição é amplamente negligenciada na agenda de desenvolvimento internacional”.

A análise sublinha também que a poluição é o maior factor de risco ambiental para o aparecimento de doenças e para mortes prematuras. As alterações climáticas e o desaparecimento de vida selvagem estão fortemente relacionadas com este factor.

A comissão reforça que, para melhorar esta situação, uma das prioridades tem de ser deixar rapidamente a utilização em larga escala de combustíveis fósseis, fazendo a transição para energias renováveis.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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