Polónia vai construir a primeira central nuclear (com mão dos EUA). Alemães opõem-se

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Burghard / Pixabay

Imagem de uma central de energia nuclear

As autoridades polacas e norte-americanas assinaram, esta quarta-feira, um acordo para a construção da primeira central nuclear da Polónia, como parte do esforço de Varsóvia para se afastar dos combustíveis fósseis poluentes.

A Polónia vai construir a primeira central nuclear, em parceria com os Estados Unidos da América (EUA).

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, considerou o acordo para a construção da central nas instalações de Lubiatowo-Kopalino (na região da Pomerânia, perto do Mar Báltico) o início de um novo capítulo para a Polónia.

“A única fonte de energia limpa, estável, tecnologicamente comprovada e verificada em termos de segurança é a energia nuclear, que hoje tem o seu grande dia”, disse na cerimónia de assinatura do entendimento.

No ano passado, o Governo de Morawiecki anunciou que tinha escolhido os EUA como parceiro para o projeto.

Um consórcio formado pela Westinghouse e pela Bechtel assinou o acordo com a empresa pública polaca que supervisiona o programa nuclear, Polskie Elektrownie Jądrowe (PEJ).

Jogada política. Polónia é útil

O acordo com os Estados Unidos é válido para os três primeiros reatores da central da Pomerânia, que, segundo as autoridades, deverá começar a produzir eletricidade em 2033.

A Polónia estuda há décadas construir uma central nuclear para substituir as suas antigas unidades alimentadas a carvão num dos países da Europa com mais poluição atmosférica.

A invasão da Ucrânia pela Rússia e a sua utilização de energia para exercer pressão económica e política sobre as nações europeias aumentaram a urgência da procura da Polónia por fontes de energia alternativas.

Alemanha levanta problemas

O local planeado para a construção da central nuclear fica a cerca de 280 quilómetros da fronteira com a Alemanha, que fechou os seus últimos reatores nucleares em abril.

No ano passado, os quatro estados alemães mais próximos da Polónia afirmaram que se opunham ao plano polaco.

Na Polónia, a oposição ao programa nuclear não é elevada. Embora alguns ambientalistas se oponham, até o Partido Verde está dividido sobre o assunto.

Isto é um reflexo de como a devastação das alterações climáticas persuadiu alguns ambientalistas de todo o mundo a abraçar a energia nuclear como solução, porque não envolve a queima de combustíveis fósseis.

A Polónia prevê gastar 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros) para construir duas centrais nucleares com três reatores cada, o último a ser lançado em 2043.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Assim sendo os sarilhos e a poluição estão programados.
    A Polónia na sua pretensão de substituir a Alemanha de Hitler vai dar-se mal, muito mal.

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