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O pólo norte magnético da Terra está a “cair” para a Rússia a grande velocidade

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O pólo magnético norte da Terra está a mover-se a grande velocidade do Canadá para a Rússia, mais precisamente em direção à Sibéria, revelaram os especialistas do Centro Nacional de Informações Ambientais dos Estados Unidos.

Em comunicado, os especialistas explicam que este rápido movimento de deslocação está relacionado com mudanças imprevistas na região do Ártico. “O movimento do pólo norte magnético é muito rápido”, afirma à Associated Press o geofísico Arnaud Chulliat, que liderou a atualização do Modelo Magnético Mundial (WMM).

Em causa está a turbulência do núcleo externo líquido da Terra, o ferro líquido no núcleo do planeta, explicam os especialistas. Essa movimentação coloca obstáculos às bússolas, artigos eletrónicos, nomeadamente smartphones, e navios, uma vez que o modelo do campo magnético suporta os seus sistemas de navegação.

“A localização do pólo norte magnético parece ser regulada por duas grandes zonas do campo magnético, uma sob o Canadá e outra sob a Sibéria, sendo que a área da Sibéria está a ganhar a competição”, disse o investigador Phil Livermore, da universidade britânica de Leeds, citado pela revista especializada Nature.

No momento, e de acordo com os cientistas, o pólo norte magnético da Terra move-se de norte para noroeste a uma velocidade de 55 quilómetros por ano. Dois anos antes, e depois de o WMM ter sido atualizado, parte do campo magnético, mais a sul, desviou-se temporariamente para o norte da América do Sul e o leste do Oceano Pacífico.

O movimento rápido obrigou os cientistas atualizar o WMM um ano antes do que estava previsto. Por norma, os especialistas atualizam o modelo a cada cinco anos, sendo que a última atualização foi feita em 2015. Contudo, e visando evitar erros de navegação, os cientistas adiantaram a atualização. No ano passado, peritos em geomagnetismo aperceberam-se que a margem de erro do modelo estava perto de ultrapassar o limite do aceitável para os erros de navegação.

Os pólos norte e sul magnéticos deslocam-se e não coincidem com os pólos norte e sul geográficos, apesar de serem próximos geograficamente. Na longa história do planeta, o pólo norte magnético nem sempre esteve no norte geográfico e até já chegou a estar a sul – a inversão dos pólos ocorreu já várias vezes, não tendo sido registada nos últimos 780 mil anos. A inversão é um fenómeno gradual, durando cerca de cem mil anos ou até mais.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Aprendi em física que a origem do campo magnético é devido a terra tem carga levemente negativa e com a rotação da mesma gera um campo magnético com o norte magnético na direção do norte de rotação. Então por esta explicação nunca seria possível a inversão dos polos, a não ser que a carga começasse a se tornar positiva. Como isto seria possível?

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